terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A BICICLETA DO CASAMENTO (ou Como o triciclo do meu filho me ensinou a verdade sobre a vida à dois)



Num acampamento de carnaval que participamos com nossa igreja em São Paulo, havia um laguinho com um pedalinho em formato de ganso. Durante um dos nossos momentos de tempo livre, nos quais era praticamente impossível ficarmos parados batendo papo com os amigos por conta da bênção chamada filho, decidimos dar uma volta perto do lago para mostrarmos a ele o cavalo, os patinhos e darmos uma volta naquele pedalinho. Sentamos no brinquedo, eu e meu marido com nosso filho de 13 meses no meio, e começamos a pedalar, cada um do seu lado. Foi um esforço danado, porque o pedalinho estava velho, enferrujado e caindo aos pedaços. Nosso senso de aventura, no entanto, foi maior do que o bom senso. Não é de se espantar, então, que, ao chegarmos ao meio do laguinho, percebemos que estava entrando água. Minha primeira reação, como mãe de bebê e pecadora ansiosa que sou, foi de começar a surtar e gritar, "Vamos afundar!" (insira aqui imagem dos discípulos de Jesus no barco prestes a afundar no meio da tempestade). Estava cada vez mais difícil de pedalar e sair do lugar. E a água entrava sorrateiramente. Meu marido calmamente me ordenou que ficasse quieta e que íamos pedalar à margem sem fazer mais escândalo para não assustar o nosso filho. Qualquer coisa, ele pularia na água e nos empurraria para a margem. Mordi então minha língua e calei minha boca em submissão. Sabia que meu marido estava me dando uma ordem por amor a mim e por amor ao meu filho. Partimos juntos ao trabalho. Ele pedalava do seu lado e eu pedalava do meu. Juntos, conseguimos chegar mais próximos da margem. Por conta do peso crescente do pedalinho enchendo de água, no entanto, não conseguíamos mais sair do lugar. Meu marido então pulou no lago (que já estava mais raso a essa altura) e empurrou o pedalinho enquanto eu pedalava o quanto ainda podia sozinha. Foi um esforço danado, mas conseguimos desembarcar sem mais estresse. Voltamos ao acampamento pingando de suor e baforados, com um bebê muito sorridente no colo.
Amor e submissão. O que nos vêm à mente quando ouvimos essas palavras tão aparentemente incompatíveis? A submissão é um conceito atualmente ridicularizado e polemizado ao ponto de contar com a oposição de militantes supostamente cristãos. A nossa sociedade idolatra o conceito (um tanto distorcido) do amor, mas rejeita ferozmente qualquer coisa que implique em aceitar ordem de outra pessoa.
Deus nos chama para amarmos uns aos outros. Mas Ele também nos chama para sermos submissos uns aos outros. E sinceramente, Ele não está nem aí para o politicamente correto. Seus mandamentos não se adaptam e somem com avanços culturais. Parece ser uma ideia radical, quase suicida, não é? Afinal, quem nos garante que nossos interesses e desejos serão preservados e honrados se abrirmos mão da liberdade que tanto amamos na nossa vida moderna? Se nós não cuidarmos de nós mesmos, ninguém mais cuidará! Essa é a ideia tão bem difundida na nossa sociedade.

Cuide do teu que eu cuido do meu.
Sou livre pra fazer o que quero.
Você não manda em mim!
Eu faço o que quero e digo o que quero!
Eu tenho meus direitos!
Meu corpo! Minhas regras!

Cristo submeteu-se.
É difícil encontrar alguém que discorde que Cristo nos trouxe lições muito preciosas. Não acreditam que ele seja o Homem-Deus que morreu para salvar-nos dos nossos pecados. Mas dificilmente alguém discutiria se de fato ele foi um bom exemplo de vida. Qual seria então a maior lição desse sábio mestre? O amor pelos outros, sem dúvida! Certamente, como pecadores salvos por Jesus, sabemos que foi o amor sacrificial dele que o levou à cruz e nos uniu a Ele através da sua morte e ressurreição. Sem dúvida, ele nos ensinou a amarmos aos outros como a nós mesmos e amarmos a Deus sobre todas as coisas. Sem dúvida, seu amor sacrifical cobriu nossas transgressões e nos permitiu acesso ao Pai. Tudo isso é bom e verdadeiro.
No entanto, fazemos pouco caso de um detalhe importantíssimo na trajetória do nosso Salvador. Você se lembra dos eventos dos últimos dias de Cristo? Em meio às suas demonstrações de amor aos seus amados e os preparos para sua hora final, a Bíblia nos dá uma espiada no relacionamento do Filho e o Pai.

Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. (Mateus 26.39)

O Filho de Deus ofereceu-se como sacrifício pelos nossos pecados por amor a nós. No entanto, vemos por um breve momento que Cristo revela o seu desejo profundo de resolver o problema de outra forma: "...afasta de mim este cálice... contudo, não seja como eu quero...". O plano de salvação foi tanto maravilhoso para nós quanto aterrorizante para o Salvador. O Filho de Deus estava para sofrer a terrível ira de um Deus Santo provocada por milhares de anos de milhares de pecados de milhares de pecadores no passado, no presente e no futuro. Talvez seja difícil nós imaginarmos a verdadeira face da ira de Deus Pai. No entanto, Cristo o conhecia intimamente e sabia muito bem o que lhe aguardava. Tamanho terror diante dos eventos que estavam por vir não nos caberia no peito. Cristo suou sangue. E ele clamou a Deus.
Não consigo imaginá-lo gritando nessa hora em protesto: "Meu corpo! Minhas regras!"
Não... Enfrentando o maior terror que qualquer ser humano já sofreu, nosso Salvador sussurrou, prostrado diante do Pai: "...contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”.
Se você é salvo, você foi salvo não somente pelo amor sacrificial de Cristo, mas pela submissão de Cristo à vontade do Pai.

A bicicleta do casamento

Fomos criados na imagem e semelhança de Deus. Isso significa que fomos projetados para relacionarmo-nos como Deus se relaciona. A equação da química dos nossos relacionamentos, portanto, apenas podem ser balanceadas ao imitarmos a Cristo na sua demonstração irrevocável, única e perfeita de amor e submissão.
O amor e a submissão são dois lados da mesma moeda. Assim é o relacionamento misterioso e maravilhoso de Deus na Sua perfeita e completa Trindade. O Espírito submete-se ao Filho que o ama e que se submete ao Pai que o ama. Assim é o relacionamento redentor de Cristo e sua Noiva, a Igreja. A Igreja deve se submeter a Cristo que a ama. E assim, deve ser o relacionamento entre homem e mulher no relacionamento-espelho que Deus, na sua imensa sabedoria e misericórdia, nos concedeu nesta vida terrena: o casamento.
A glória do casamento é a glória de Cristo e sua Igreja. Portanto, não devemos nos espantar ao vermos o inimigo investindo pesado na distorção e na destruição das famílias. A confusão começou já no Jardim do Éden quando a serpente incitou Eva a desobedecer a Deus e a subverter a liderança de Adão, que, por sua vez, deixou de lado o amor sacrificial ao permitir-se ser manipulado pela esposa insubmissa e virar cúmplice na desobediência.. para a desgraça dos seus descendentes.
Desde então, vivemos a novela dos casamentos precipitados, dos casamentos infelizes, dos divórcios, das traições e da consequente desvalorização gradual e fatal do casamento. No entanto, no meio de toda escuridão e perversidade, vemos o brilho de alguns casamentos que parecem crescer, florescer e amadurecer em meio a todos os problemas. Como será que conseguem? Será que o segredo está na comunicação? Nas viagens a dois? No sucesso dos filhos? É claro que não.
O casamento pode e deve "dar certo" porque Deus o projetou para dar certo. O casamento é como uma bicicleta. Se você não sabe andar de bicicleta e não consegue tirá-la do lugar, o problema não é da bicicleta. O problema é você. Se você não gosta de andar de bicicleta, o problema não é a bicicleta. O problema é você. Se você quer apenas sentar na bicicleta e ficar parado olhando a vida passar ao seu redor, o problema não é a bicicleta. O problema simplesmente é você!
E o seu problema é o pecado, algo que, como vimos no Jardim do Éden, nos impele a rebelar contra Deus e contra toda a Sua criação, inclusive o casamento. Quando Cristo nos redimiu e nos libertou do poder do pecado, ele nos capacitou para aprendermos novamente a andarmos na bicicleta do casamento.
Como qualquer bicicleta, o casamento possui dois pedais, ou dois pontos de impulsão. Vamos chamar esses dois pedais de Amor e Submissão, respectivamente.
O Amor é um amor sacrificial que abre mão de si e busca sempre o bem do amado. E a Submissão vai muito além da simples obediência e respeito, pois ela é uma resposta prazerosa ao amor que nos é dado e abençoa a todos no lar pela sua serenidade. Já pela definição, podemos ver que é muito mais fácil submetermo-nos a um marido que nos ama verdadeiramente. E é mais fácil de entender a tamanha responsabilidade do marido como líder, pois idealmente, ele dará o início ao ciclo com o seu amor, assim como Cristo nos amou primeiro.
Meu marido e eu, como uma só carne, estamos andando nessa bicicleta juntos. Ele é a perna direita e eu a esquerda. Ele é responsável por impulsionar o pedal de Amor e eu, o pedal da Submissão. Você já tentou andar de bicicleta pedalando apenas de um lado? Às vezes uma das nossas pernas está machucada ou cansada e precisamos focar mais energia na outra se formos sair do lugar.
Espero que seja óbvio para você a essa altura que não há pedal mais importante que o outro (ao contrário do que o machismo e o feminismo declaram). Quando eu deixo de ser submissa ao meu marido, ele, por ser cristão e um marido dedicado, continua a pedalar no Amor. No entanto, ele precisa se esforçarmuito mais para fazer a bicicleta sair do lugar. Eventualmente, se eu não me arrepender e retomar meu papel, a energia do meu marido será totalmente exaurida. O nosso corpo por inteiro (ou seja, o casamento) estará desgastado. Precisaremos parar para descansar. Demoraremos o dobro do tempo para chegar onde queremos chegar. O contrário também é verdade. Se meu marido, um dia decidir não me amar mais (e já está implícito aqui que o amor é prático e não hipocritamente teórico) ou se ele simplesmente fizer alguma coisa faltando-lhe amor para comigo, eu terei o dobro do trabalho para pedalar na Submissão.
E se o marido faltar no amor para com a esposa e a esposa na indignação recusar-se a submeter-se a ele? Isso é uma história até clichê hoje em dia, não é? Os dois pararam de pedalar e, obviamente, a bicicleta não vai sair do lugar nem tão cedo. Pelo menos, não até que se reestabeleça a harmonia e voltem a pedalar juntos. Mas muitas vezes vemos uma bicicleta parada por muito, muito tempo. E a triste razão na maioria dos casos é que não há mais quem a pedale, pois ela foi abandonada.


Essa é a triste realidade que vemos hoje. O que dizer então de casamentos entre cristãos e não cristãos? Poderá essa bicicleta andar? A própria Bíblia nos responde essa pergunta: "E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos." (1 Coríntios 7.13,14) Sim, a bicicleta poderá andar. Será uma viagem tremendamente difícil e cansativa. Mas Deus capacita e fortalece quem pedala fielmente e sozinho. E é pelo esforço suado e dobrado da esposa ou do marido cristão que Deus abençoará o seu cônjuge e a sua família.

Um triciclo e a graça de Deus


O outro dia, meu marido comprou um triciclo para nosso filho, agora com quase dois anos de idade. Meu filho, amante de carros e de tudo que possui roda, não demorou em sentar no triciclo. O seu pai pôs seus pequenos pés nos pedais de plástico e falou, "Empurre, filho!" Mas o pequeno nunca havia andado de bicicleta antes e não tinha a mínima ideia como fazer aquele trambolho sair do lugar. Jogava o corpo pra frente e empurrava o chão pra trás. Passamos a ensiná-lo pouco a pouco como empurrar cada pedal com seus pés e que essa ação trazia movimento ao brinquedo. Ele ainda não aprendeu e muitas vezes se contenta em apenas sentar e observar o mundo ao seu redor, mas creio que aprenderá eventualmente no seu devido tempo. Seu pai precisará ajudá-lo bastante ainda. Sua primeira bicicleta terá rodinhas auxiliares e o seu pai estará empurrando e ajudando-o a manter o equilíbrio.
E um dia, ele aprenderá a andar independentemente e seu pai não precisará mais estar lá ao lado dele para evitar que ele caia. E minha oração é que ele aprenda conosco o seu papel como futuro marido, se for da vontade de Deus, aprendendo a amar sacrificialmente a sua futura esposa. Mas o seu aprendizado verdadeiro virá de Deus. Deus é o nosso Pai. Ele nos ensina diariamente a amar às nossas esposas e a nos submeter aos nossos maridos. Ele nos empurra, nos sustenta, nos dá equilíbrio e renova nossas forças diariamente. Mas ao contrário do nosso pai terreno que um dia cessará de correr atrás da gente ao cambalearmos no brinquedo de duas rodas, Deus nunca se ausentará do nosso casamento. É através da Sua graça e somente ela que nosso esforço não será em vão. Poderá parecer um dia que Ele precise apenas nos dar o equilíbrio necessário para nos mantermos na bicicleta. Poderá vir dias em que estaremos tão habilidosos que nem perceberemos mais nossos pés pedalarem e estaremos apenas sentindo a brisa deliciosa no rosto e contemplando a paisagem ao nosso redor. Mas Deus nunca estará ausente. E Ele nos dará forças nos dias de tempestade em que o vento sopra fortemente tentando nos derrubar.

Há muitos filhos que saem de casa sem nunca terem aprendido a andar de bicicleta. E sem dúvida mais ainda que saem de casa sem terem a mínima ideia de como funciona o casamento verdadeiro. Talvez seus pais, mesmo sendo cristãos, nunca se importaram em ensinar. Ou não sabiam como ensinar. Talvez seus pais nem sequer sabiam o que estavam fazendo. Talvez seus pais passavam mais tempo discutindo quem ia pedalar sozinho dessa vez do que fazendo qualquer esforço para sair do lugar. Talvez a bicicleta do casamento dos seus pais estava abandonada há muito tempo e os filhos puderam apenas contemplar de longe sem nunca vê-la voar velozmente na pista ou ouvir o prazeroso zunido das engrenagens funcionando como foram feitos para funcionar. Qualquer que seja a razão, o fato é que o responsáveis pela educação dos filhos não cumpriram um dos seus papéis essenciais.
Se você vem de uma família assim e já está casado e desanimado, queria que soubesse que há esperança. Há muitos que aprenderam a andar de bicicleta literalmente mais velhos depois de uma vida de insegurança. Há também quem aprendeu a andar na bicicleta do casamento até mesmo depois de décadas de um casamento infeliz. Nunca é tarde para aprender, nem que seja apenas você sozinho por enquanto. A bicicleta andará. E, quem sabe, pela graça de Deus, seu cônjuge aprenderá também. Porque pela graça de Deus, o casamento não é ser um velho, enferrujado e esburacado pedalinho. Ele foi feito para funcionar.
O objetivo desse texto não foi de ensinar o passo a passo de como amar e como se submeter. Acredito que há muitos recursos fantásticos, sem contar a própria Bíblia, que nos ajuda nessa área. Mas eu creio que se tivermos o desejo verdadeiro inspirado pelo Espírito Santo nos nossos corações, isso será o suficiente para corrermos atrás e aprendermos tudo que podemos sobre aquilo que o próprio Deus criou e nos deu como uma fonte de prazer e sabedoria. E Deus não recusará aos Seus filhos a Sua graça.

Parece-me que nosso Senhor encontra nossos desejos não muito fortes, mas muito fracos. Somos criaturas indiferentes, que brincam com bebidas, sexo e ambição, enquanto o gozo infinito nos é oferecido; como uma criança ignorante que deseja continuar brincando na lama em uma favela, porque não imagina o que significa o oferecimento de um feriado na praia. Nos satisfazemos com coisas pequenas demais. — C. S. Lewis

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Fonte: Um mais um é igual a um

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

COMO TER UMA FAMILIA ABENÇOADA POR DEUS



Introdução: Todos queremos ter uma família abençoada. Tentamos formas e formulas para conseguirmos esse objetivo. Buscamos muitas vezes nas pessoas, nos objetos e muitas vezes nos “xamãs” da vida e em suas orações para se ter uma família abençoada com seus diversos problemas resolvidos. O grande problema nisso tudo é que batalhamos, buscamos, tentamos dar um “jeitinho”, mas nossos esforços fracassam constantemente. Perguntamos: “Porque isto acontece”?  Podemos responder com outra pergunta:  “será que os nossos esforços humanos, nossas formas e formulas e até mesmos os “xamãs” da vida, são realmente o caminho para se ter uma família abençoada?
Observando às Sagradas escrituras, podemos descobrir e entender que essas bênção que tanto almejamos é direcionada apenas aos salvos, ou seja, aqueles por quem Cristo morreu. Podemos ver que as promessas de bênçãos são direcionadas para o povo de deus. Não há como se ter essas bênçãos fora de Deus, pois elas são espirituais (Ef 1.3). Hoje quero considerar com vocês, alguns deveres dentro do seio familiar que conduzem para termos uma família abençoada. São eles:

      I.        Deveres dos Maridos para com as Esposas
      II.        Deveres das Esposas para com os Maridos
   I III.        Deveres dos Filhos para com os Pais

      I.        Deveres dos Maridos para com as Esposas

Quando abrimos as páginas das Escrituras Sagradas, vemos muitos deveres dos maridos para com as suas esposas. Vivemos em uma sociedade machista, onde prevalece a masculinidade do homem, no sentido de ter a esposa como uma propriedade, ou até mesmo como um objeto insignificante. Ao falarmos esta verdade, talvez alguém pense: “Mas isso foi em uma época passada, hoje não existe mais isso”. A pergunta é: Será que não existe mais isso em nossa época?  Podemos ver em tele jornais, as noticias de mulheres agredidas pelos seus conjugues, pelo fato de não fazerem o que eles querem; muitas dessas mulheres são espancadas até a morte e seus conjugues passam a viver foragidos pelo crime que cometeram. Será que foi esse o plano de Deus para o marido e sua esposa? O que a Bíblia fala sobre isso?

a.    A mulher foi criada para ser companheira do homem e não o seu objeto, ou brinquedo – Gn 2.18

b.    A mulher é parte do homem, por isso ele deve cuidar bem dela – Gn 2. 21, 22.

c.    O homem deve reconhecer a sua esposa como parte dele – Gn 2.23.

d.    O homem dedica a sua vida a sua esposa – Gn 2.24.

Podemos ver que o plano central de Deus para o casal, foi para que eles vivessem uma relação de amor. Alguém disse que “no amor entre homem e mulher não há diferenças, não há disputas, não há isso de tomar como objeto” e que “a alegria do homem está em fazer sua amada cada vez mais feliz ( e vice-versa ), porque é no amor que achamos a felicidade transbordante”.
Nisto, vemos que o dever principal dos maridos é amar a suas esposas como Cristo amou a igreja e deu a sua vida por ela (Ef 5.25, 28, 31). Quando há amor no lar, não haverá espaço para discórdias, ciúmes, intrigas e separação. Lembramos ainda que o amor entre os conjugues não excluem os erros, porém estes são tratáveis.

    II.        Deveres das Esposas para com seus maridos

Agora veremos qual o dever das esposas para com os seus maridos. Acima de tudo, podemos ver e aprender no relacionamento a dois, deve existir o amor, pois sem ele não como existir vida entre o casal. As esposas também devem amar seus maridos, da mesma forma que os maridos amam as esposas.
O texto sagrado fala algo muito importante para as esposas e que muitas vezes é mal interpretado por alguns maridos. O texto diz: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22). Em algumas versões o sujeitar está como “sede submissas”. Vamos entender esse ato de submissão, buscando na Bíblia respostas adequadas para o nosso entendimento. 
O apostolo Paulo vai mostrar que o homem é o cabeça do lar, da família e em particular de sua esposa. O movimento moderno, chamado de movimento feminista implantou o conceito de que os valores são iguais, quanto a isto, temos certeza de que os valores de homens e mulheres são iguais diante de Deus, o problema deste movimento, é que ele elevou os direitos das mulheres, ao ponto de suplantar a liderança masculina e isto sabemos que é anti-bíblico, pois Deus fez o homem para ser o cabeça da sua esposa, como Paulo nos diz em Ef 5.23: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo”. Devemos entender que isto não tem nada de errado, pois quem representa a esposa diante de Deus é o marido e não a esposa. Não há indignidade nisto, pois quem quis tirar a liderança masculina do lar foi o próprio satanás, quando ele tentou Eva lá no Jardim do Éden Gn 3.1-7. Não estamos abordando aqui, a questão de igualdade entre os conjugues, mas a questão de liderança no lar. Quando Paulo falou sobre submissão ou sujeição por parte das esposas, ele estava abordando sobre o reconhecimento da liderança do marido sobre as suas esposas, pois o fator decisivo é o homem, porém ele deve fazer isso com amor e não com autoritarismo.

Aqui vai alguns conselhos às esposas:

a.    Seja uma auxiliadora para seu marido (Gênesis 2:18). Esta é a finalidade pela qual você foi criada. Nunca se esqueça disso. Nenhum cônjuge deve servir a si mesmo de maneira egoísta, mas deve servir ao outro. Isto é principalmente verdadeiro para você como esposa. “Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem” (1 Coríntios 11:8-9).

b.    Seja submissa ao seu marido em tudo, assim como a igreja é submissa a Cristo (Efésios 5:22-24; Colossenses 3:18; 1 Pedro 3:1-6). Nós não precisamos procurar saber se isso ainda é apropriado ou se está ultrapassado. Os movimentos de libertação feminina podem levantar-se e cair, mas a Bíblia ainda diz: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido” (1 Pedro 3:1).

c.    Seja uma boa dona de casa (Tito 2:4-5; 1 Timóteo 5:14). O mundo nunca voltará a Deus até que, de algum modo, colocarmos as donas de casas de volta nos lares em vez de se dedicarem às carreiras. A mão que balança o berço governa o mundo.

d.    Tenha um espírito manso e tranqüilo (1 Pedro 3:4). Talvez há mulheres hoje que gostariam mais que pensassem nelas como “pessoas” e não “mulheres”. Ao protestar e queixar-se são barulhentas, tumultuosas e conseqüentemente disonrosas. É honorável ser uma mulher (1 Pedro 3:7), e ter "um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" (1 Pedro 3:4).

e.    Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer os desejos sexuais do outro.

f.     Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios 7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que lhe é devido.

“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor” (Provérbios 18:22)

 III.        Deveres dos Filhos para com os Pais

Talvez uma das coisas que estão fora de moda, ou que se tornaram caretas, foram os deveres dos filhos para com os pais, mas claro, isso vai depender da forma em que estamos criando os nossos filhos, daí eles observarão ou não o quinto mandamento da Lei de Deus que é:
 Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor,o teu Deus, te dá”, Êx 20.12. Podemos ver que o mandamento de Deus para os filhos, é que estes deveriam honrar seus pais, mas o que realmente significa honrar? O dicionário diz que esta palavra tão pequena e talvez tão simples, tem poderes grandiosos para aqueles que a utilizam, pois esta significa: Respeitar, amar, cuidar, proteger, obedecer...
Quando os filhos a pões em prática, recebem bênçãos de Deus, porém não por em pratica, o contrário é valido.
Esse mandamento é tão importante para os filhos, que é o primeiro mandamento com promessa, pois o texto completa dizendo: “a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor,o teu Deus, te dá”. Muitos filhos não são abençoados por que quebram de uma forma desenfreada este mandamento. Por outro lado, muitos pais crentes tem culpa nisto, pelo fato de não criarem seus filhos na doutrina Bíblica.   Paulo diz em Efésios 6.4: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Esse principio se dá em não apenas levar os filhos na igreja, mas ensiná-los em casa, porém o deixar de trazer na igreja é ensinar aos filhos a viverem uma vida insubordinada, pois este principio terá conseqüências futuras para os nossos filhos. Infelizmente, hoje o contrário é valido, pois vemos pais colocando decisão nos filhos, se eles querem ir a igreja ou ficar em casa vendo televisão ou jogando vídeo game com os coleguinhas. Pais que não tem liderança para com seus filhos, tendem a fracassar na caminhada do lar e da vida cristã. Os filhos também não aceitaram nenhum tipo de liderança e as portas estarão fechadas para eles. Isso é o contrário da promessa do quinto mandamento.
Se queremos que os nossos filhos nos honrem, devemos ensinar este principio a eles, pois este é o dever dos filhos, mas devem ser ensinados pelos pais: “E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te”, Dt 11.19. Os filhos só podem honrar os seus pais, se os pais ensinarem este principio aos filhos. Quando estes não cumprem com os seus deveres, terão conseqüências desastrosas para as suas vidas, e os pais lamentaram por isto, pelo fato de não terem ensinado seus filhos nos caminhos do Senhor.

Conclusão: Observando estes preceitos e deveres, certamente teremos uma família que vive o amor de Cristo, uma família que é verdadeiramente abençoada por Deus.



Rev. Davi Gomes do Nascimento

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

SUICÍDIO




“Elias chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte: ‘Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados’”.

1 Reis 19:3-4


O suicídio vem aumentando a cada ano que passa. Pessoas de todas as partes do mundo, de todas as idades, de todos os extratos sociais têm tirado, ou pensado em tirar suas próprias vidas!


Muitas são as causas do suicídio, mas se sabe que a maior causa é a depressão!


A maioria dos suicidas, antes de cometer o ato, passaram por um agudo e profundo quadro depressivo! São aquelas pessoas que se sentem imprestáveis, sem autoestima, possuídas de um intenso complexo de inferioridade. Elas dizem para si mesmas: “Vou tirar minha vida, afinal de contas, ninguém sentirá minha falta mesmo!” Por incrível que pareça isso tem acontecido até dentro da Igreja de Cristo. Muitos estão passando por dilema.


Esse foi no caso do profeta Elias, citado no texto acima. Notem que Elias também entrou em um quadro depressivo, por conta da ameaça da rainha Jezabel. O profeta foi tomado de angústia, desespero, incapacidade e caiu em depressão, ao ponto de desejar a morte!

Talvez você, querido irmão que me lê, está passando, nesse exato momento, por essa situação!


Pode ser que você tem sentido esses sintomas horríveis: uma agonia no peito, uma prostração tão forte, que já te passou pela cabeça desistir de viver e, quem sabe, até em tirar apropria vida. Você pode ter perdido o gosto pela vida, o prazer de viver! Nem a própria Igreja, ou o ministério, ou os cultos estão te alegrando! O ânimo se foi. O entusiasmo para qualquer coisa se esvaiu! Você não tem mais forças para lutar, para orar ou até para crer que algo vai mudar. Então, você deseja a morte! É provável que não tenha coragem para tirar a própria vida, no entanto já orou: “Senhor, tire a minha vida. Leve-me daqui, por favor!”


Meu querido irmão, quero te confortar, quero te ajudar com essas simples palavras.


NÃO FAÇA ISSO! Não tire sua preciosa vida! Não pense dessa maneira! Você é muito importante para Deus! Para Ele você tem grande valor!


Quer ver como te provo isso?


No fato de ter Deus enviado Seu Filho Jesus Cristo para morrer por você! É, por você! Como alguém que foi comprado por tão alto preço pode pensar ser inútil e sem valor? Isso está errado! Esse pensamento vem do maligno! E não é só isso. Você tem muito valor também para as pessoas à sua volta. Você é especial para sua família e amigos. Só está passando por um momento muito difícil.


O caminho não é tentar tirar a própria vida, nem orar para que Deus a tire! Mas sim resistir esse quadro depressivo, orar pedindo a Deus que afaste tais pensamentos, pois eles podem ser oriundos de um ataque do inimigo, o qual não pode ser descartado, uma vez que ele é o principal interessado em sua morte.


Tome uma atitude agora: Levante-se! Ore a Deus e clame por Seu socorro e consolos divinos. Ele exterminará esse sentimento dos infernos. O Espirito Santo é mais poderoso do que qualquer desejo de suicídio!


Quanto à depressão, a causa pode ser patológica, portanto procure um profissional confiável que possa ajudar no tratamento, sem esquecer, é claro, dá fé no poder de Deus, que pode curar qualquer enfermidade!


Vamos! Você vencerá mais essa! Ninguém lançará mão da sua vida! Você é muito importante para o Reino de Deus! Levanta-te, pois grande ainda é a sua caminhada!


No amor de Cristo,
Paulo Junior

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Batismo por Aspersão – Uma característica de nossa Identidade!

INTRODUÇÃO

Estamos vivendo uma época de crise de identidade em nossa denominação, e por isso, precisamos resgatar a nossa identidade. A Igreja Presbiteriana precisa repensar e regressar as antigas verdades outrora defendidas com afinco na igreja.
O nosso tema de hoje é polêmico, isto porque a comunidade evangélica da atualidade é IMERSIONISTA, sendo assim, talvez alguns de vocês tenham assimilado essa prática e gerado um preconceito contra o batismo por aspersão – digo que isso é natural, mas é desprovido de fundamento. Sabe como a imersão tem sido assimilada? Pelo menos de duas formas básicas:

1) Pela associação com o Batismo Católico Romano – Ser aspersionista é ser católico romano; assim, dizem os crentes modernos.
 
2) João Batista batizou no Rio Jordão – Esse tem sido o argumento do imersionistas, pois, eles supõem que se João, o Batista, batizou em um rio esse batismo foi por imersão.
O nosso estudo visa mostrar que estas duas premissas estão erradas. O batismo por aspersão não é do catolicismo romano, mas é uma forma bíblica de Batismo; segundo, João, o Batista, jamais praticou a imersão.

A nossa Confissão de Fé declara [1] o seguinte: “Não é necessário imergir o batizando na água; mas o batismo é corretamente administrado ASPERGINDO água sobre o candidato” (Confissão de Fé de Westminster, Cap.23 e Séc.3). Essa é a nossa tese neste estudo.

Vejamos o que podemos aprender sobre este assunto:

I – O QUE É BATISMO?
 
O nosso Breve Catecismo diz que “o batismo é o sacramento no qual o lavar com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, significa e sela a nossa União com Cristo, a participação das bênçãos do pacto da Graça, e nosso compromisso de pertencemos ao Senhor” (Breve Catecismo pergunta 94).
Nesta definição de Batismo oferecida por nosso símbolo de fé podemos destacar algumas coisas:
 
1.1 – O batismo é um Sacramento: O termo “Sacramento” significa algo que é Santo. Um sacramento, dentro da definição presbiteriana, é “um sinal visível de uma graça invisível” que tem sido destinada aos crentes em Cristo[2] , devemos levar em consideração este conceito presbiteriano, o batismo não é qualquer coisa, tem valor e muito valor.
 
1.2 – O batismo significa e sela a nossa união com Cristo: O batismo aponta para a realidade de que fomos alcançados por Cristo, Deus declara-nos que fomos salvos e que lhe pertencemos mediante este sacramento.

 II – ANALISANDO O VOCÁBULO BATISMO
 
Os imersionistas dizem que o termo Batismo significa sempre “Imergir na água”. Dizem que os termos “Baptw”(Baptô) e “Baptizw”(Baptizô) sempre tem essa conotação. É verdade que no grego clássico estes termos significavam “imergir”, todavia, o grego Novo Testamento é o Grego conhecido como Koinê (Aquilo que é comum, aquilo que é do povo). E os termos nunca são empregados no Novo Testamento com esse sentido de imergir.
Vejamos:
 
1) Batizar nem sempre é imergir: Cristo não se Batizava antes de comer veja o que diz Lucas 11.38, o vocábulo grego empregado é “ebaptisqh”(Ebaptisthê).Outro fato interessante é o que Marcos diz em 7.4 “quando voltam da praça, não comem sem se aspergirem( baptiswntai - baptisôntai); e há outras cousas que receberam para observar, como a lavagem( baptismouV - Baptismus) de copos, jarros e vasos de metal e camas”.
Ora, se a palavra “Batismo” significa somente imergir, então, como explicar a imersão das camas de dormir – em qual tanque eles praticavam isso? No rio Jordão? Como? Levavam a cama na cabeça até o rio?
Como explicar Dn.4.25? Na versão grega do Antigo Testamento (Conhecida como Septuaginta) diz que “Nabucodonozor foi batizado no Orvalho do Céu”. Ele foi mergulhado no orvalho? Uma gota de chuva prova a imersão ou a aspersão?
 2) Batizar não é sepultar: Os imersionistas advogam que o Batismo é símbolo da morte de Cristo. E apelam para Romanos 6.4ss , estes textos fala de nossa identificação com Cristo no Batismo dele que é caracterizado como a sua morte, e este batismo, sela nossa união com Ele. Associam que o descer a sepultura de Cristo, é figura do seu batismo, a pergunta é: Cristo foi sepultado como nós ocidentais somos? Ele foi baixado na cova, ou foi sepultado dentro de uma rocha, ou caverna? Então, o modelo de nosso sepultamento não serve para tal simbolismo do batismo de Cristo.
 III – JOÃO, O BATISTA – UM IMERSIONISTA?
Os imersionistas agarram-se a João Batista dizendo que ele praticou a imersão. Será que João praticou a imersão no seu ministério?Alguns argumentam que ele batizou no Rio Jordão, ora se ele batizava em um rio, logo, ele batizava por imersão. Parece-nos uma conclusão lógica.Temos alguns problemas com essa argumentação:

1) Quem era João Batista? Todos nós sabemos que João era o primo de Cristo, e Filho de Isabel e Zacarias. Mas qual é era a função João? Jesus disse que João era Profeta. Por isso, Cristo disse que ele era o Elias prometido conforme profetizado por Malaquias 4.5, isto é fato descrito por Mateus 11.10-13. O que iria fazer o “Elias prometido”? Em Malaquias 3.1,3 diz que ele “purificará os filhos de Levi”, mas como era feita a purificação dos Filhos de Levi? Era por imersão ou aspersão? Veja o que diz Números 8.6-7. Então, João não poderia ser um imersionista.
 
2) João como profeta não poderia introduzir um novo rito de purificação: É público e notório que todos os ritos de purificação no V.T eram por aspersão, e todos os profetas praticaram a aspersão como rito de purificação, especialmente porque Moisés havia recebido a ordem de Deus para isso, logo, nenhum profeta poderia alterar o rito, como João, sendo um judeu levita, poderia introduzir tal rito estranho? Basta olharmos o primeiro capítulo do Evangelho de João 1.25 (evangelista) para vermos que isso era impossível.

IV – ALGUMAS PASSAGENS DA ESCRITURA E ASPERSÃO PROVADA
 
Neste momento queremos mostrar alguns textos das Escrituras onde a imersão não aparece, e torna-se evidente que a aspersão é o caso aplicado. Estes textos provam que a imersão nunca foi uma prática bíblica, e assim, a aspersão é bíblica – não pode existir duas verdades quando uma se opõe a outra, vejamos:

1) Paulo não foi imerso: Não há como negar que Paulo foi batizado em pé Atos 9.18; 22.16. A expressão no original grego anastas ebaptisqh (anastas ebaptisthê) o particípio grego “anastas” indica que houve uma ação simultânea entre o levantar e ser batizado. Não há porque supor que havia um tanque batismal na casa para isso, pois, tal não era a prática de judeus já apegados a aspersão.

2) As abluções são traduzidas por batismos: O autor do livro de Hebreus que as várias cerimônias de purificações no V.T são chamadas de “batismos” isso no capítulo 9.10 e as descreve nos versículos 19-22
3) Como explicar a imersão em I Corintios 10.1,2: É possível ser imerso na nuvem? Ou no Mar Vermelho? Os israelitas foram imersos no Mar Vermelho? Não foram os egípcios? Como podemos ser mergulhados em Moisés? Este texto só tem explicação se a aspersão foi admitida no termo “batismo” que é empregado aqui.

4) Atos 2.41 prova a imersão? A resposta é não. Porque os imersionistas não consideram algumas coisas.
 
4.1) não havia rio dentro da cidade de Jerusalém.
 
4.2) como mergulhar 3 mil pessoas em um dia, em um local sem águas para a imersão ser praticada..


Conclusão
Este estudo tem o caráter de ser uma introdução ao assunto, solicitamos que todos possam estudar este assunto com afinco, e assim, possamos resgatar a nossa identidade.


[1] A Igreja Presbiteriana do Brasil possui três símbolos de Fé: 1) A Confissão de Fé de Westminster; 2) O Breve Catecismo de Westminster; 3) O Catecismo Maior de Westminster.
[2] Veja-se a Confissão de Fé de Westminster, Capítulo 26, Seção 1.
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 Por João Ricardo Ferreira de França - jrcalvino9@hotmail.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

DIARIO DE UMA BIBLIA



15






15 de janeiro:

Descansei a semana toda. Durante algumas noites no principio do ano, meu dono lia-me com regularidade, porém creio que tem se esquecido de mim...

2 de fevereiro:

Arrumação da casa. Fui espanada juntamente com outros objetos e colocada no meu lugar como de costume.

8 de fevereiro:

O meu dono usou-me por alguns momentos depois do almoço. Estava procurando algumas referências. Fui hoje a um estudo bíblico numa casa de família.

2 de abril:

Passei o dia muito preocupada. O meu dono tinha de auxiliar na liturgia do culto e estava procurando algumas referências e leituras. Custou-lhe bastante achar um texto, embora estivesse no lugar de sempre.

1º de maio:

Passei toda à tarde no colo da vovó. Ela está de visita aqui. Deixou cair lágrimas sobre Colossenses 2.5-7.

6 de maio:

Passei toda à tarde no colo da vovó novamente. Ela passou a maior parte do tempo meditando sobre 1 Coríntios 15.7-9 - No colo da vovó toda à tarde. É um lugar tão confortável! Algumas vezes lê-me, outras conversa comigo.

10 de maio:

A vovó voltou hoje para sua casa. Deu-me um beijo em despedida. Estou novamente no meu lugar de costume.

1º de junho:

Foram colocadas algumas florzinhas entre minhas folhas.

3 de junho:

Fui arrumada dentro de uma mala com roupa e outros objetos. Acho que vamos passar uma temporada fora de casa.




7 de junho:

Ainda estou na mala, apesar de quase todas as outras coisas já estarem dispostas em outros lugares.

15 de junho:

Em casa outra vez e no meu lugar habitual! Fiz uma longa viagem. Não compreendo por que motivo fui levada.

1 de agosto:

Que calor insuportável! Duas revistas, um romance e um velho chapéu estão em cima de mim. Se ao menos tirassem essas coisas de cima de mim!

5 de setembro:

Arrumação. Fui bem espanada e colocada em meu lugar de costume.

10 de outubro:

Fui usada pela Angélica. Ela estava escrevendo uma carta à sua amiga, cujo irmão faleceu e procurava um versículo apropriado. Como ela demorou para achar!

30 de novembro:

Arrumação da casa. Outra vez espanada e colocada no meu lugar para um longo descanso.

8 de dezembro:

Domingo da Bíblia. Meu dono levou-me à Igreja. Ouvi coisas lindas a meu respeito. Não posso entender como sabem dizer coisas maravilhosas sobre mim, e ainda me deixaram esquecida.

16 de dezembro:

O Pastor veio visitar o meu dono que está doente. Fui usada por ele por alguns instantes.

20 de dezembro:

A casa está sendo preparada para festejar o Natal. Bem espanada continuo no meu lugar.

03 de Janeiro:

Ano Novo Vida Nova! Diz uma Música: "Que tudo se realize no ano que vai nascendo... Meu sonho é ao menos ser lida por você neste ano.


Será semelhante a este diário o da sua Bíblia? Já imaginou se este diário fosse publicado com o teu nome?