quinta-feira, 28 de julho de 2016

A CORRUPÇÃO NA POLITICA BRASILEIRA E O DECLINIO DA NAÇÃO



No ano de 1987, a banda de rock nacional Legião Urbana, lançava o seu mais novo sucesso por nome, Que País é Esse. Esta música reflete, uma das mais tristes realidades em nossos dias. Nos primeiros versos da música, nos é dito: “Nas favelas, no Senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a Constituição Mas todos acreditam no futuro da nação”. 
Observamos que depois de 29 anos, as coisas não mudaram muito. Por um lado contemplamos a corrupção florescendo no meio da população, quando vendem seu voto por um saco de cimento, quando se fura filas de bancos, quando se compra e não se paga, e isso de forma crescente, até chegar à liderança política do país. Para chegar a uma solução para este problema, precisamos voltar as nossas atenções para alguns fatores. 

Primeiramente, é de vital importância lembrar que saímos de um regime opressor, que foi o regime militar. Este foi o período da política brasileira, em que militares conduziram o país. Direitos constitucionais foram cassados, a censura era posta em prática e por fim, aqueles que eram contra tal regime, eram alvos da repressão militar. Os militares justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país, por isso passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional.

Segundo, também é de vital importância lembrar que a nossa democracia se deve ao movimento Diretas Já de 1984, quando “o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano”. Nessa época, a população foi às ruas protestar em favor do voto popular e direto. Ficamos livres da opressão! 


Em nossos dias, vemos que tudo aquilo que foi conquistado com muito sacrifício parece que foi esquecido. Vemos que a corrupção aumentou, a crise voltou com força e a população tem assistido de mãos atadas o declínio sociopolítico do Brasil. Talvez a tristeza, a incerteza e a decepção tenha tomado conta dos nossos corações ao ponto de nos esquecemos de que temos ainda uma arma poderosa e que quando usada, ela assusta e estremece a casta dominante de políticos e esta arma chama-se voto popular. Esta é a solução para tratarmos do problema de corrupção politica em nosso país. Não elegendo, ou reelegendo corruptos.

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Pr. Davi Gomes do Nascimento

segunda-feira, 25 de julho de 2016

SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE



Apocalipse 2:1-7



     A cidade de Éfeso era uma cidade muito prospera também muito rica, formosa e magnificente, tudo devido ao templo que era dedicado a deusa Diana. Diana era a deusa da lua e da caça, e que correspondia a deusa grega Ártemis. O templo mais famoso e suntuoso de Diana, ou Ártemis, ficava exatamente em Éfeso, aliás, o templo de Ártemis em Éfeso, foi uma das sete maravilhas da antiguidade.
A idolatria e a imoralidade eram tão más em Éfeso que a cidade foi apelidada de “o cúmulo do paganismo.” O Templo de Ártemis iniciou um badalado centro de manufatura de ídolos. Prostitutas e pornografia eram o próximo item básico oferecido aos peregrinos e turistas.
Para os efésios, o templo e a adoração à Ártemis representavam oportunidades econômicas tanto quanto orgulho cívico.[8] Éfeso também era um centro de aprendizado e prática de artes mágicas e práticas ocultas.[9] O povo acreditava em amuletos, poções, palavras mágicas e feitiços.
Em Atos 18.19-21 relata que o apostolo Paulo esteve nesta cidade em sua passagem de Corinto à Jerusalém, durante sua segunda viagem missionária, deixando assim Priscila e Àquila; e que Apolo ensinou com muito zelo(At. 18.25).
 Durante o império de Domiciano, João foi exilado para a ilha de Patmos e no reinado de Trajano, ele foi libertado e morto.
A igreja de Éfeso tinha mais de quarenta anos de fundação, quando Jesus endereçou esta carta. A geração de então, era outra geração, diferente da anterior. Esta nova geração, não havia experimentado aquela antiga devoção a Cristo. A igreja tinha abandonado o seu primeiro amor. Vejamos o que podemos aprender para a nossa edificação nesta noite.
Primeiro, devemos entender que Cristo reconhece as obras que a igreja realiza em seu nome; segundo,  Cristo acusa a igreja de Éfeso de ter abandonado o primeiro amor; Cristo conclama a igreja a um arrependimento sincero e lhe faz promessas.


I.     DEVEMOS ENTENDER QUE CRISTO RECONHECE AS OBRAS QUE A IGREJA REALIZA PARA A GLÓRIA DE SEU NOME (vvs 2,3).

       No inicio da carta endereçada a igreja de Éfeso, Jesus faz elogios pelas virtudes evidenciadas, sendo elas:

a.    Era uma igreja que se preocupava e se envolvia com a obra de Cristo -  A palavra obra, tem significado amplo e neste caso, quer dizer que a igreja era comprometida com o serviço do Senhor. Não havia dificuldades com as atividades regulares da igreja.

b.    Era uma igreja doutrinalmente fiel ao Senhor Jesus e sua Palavra -  Era uma igreja bem doutrinada, e podemos até dizer que era uma igreja blindada contra toda sorte de heresias e novos ensinos que surgiam. Havia discernimento espiritual na vida da igreja, por isso ela odiava as obras dos nicolaítas, estes traziam falsos ensinos e deturpavam a pureza doutrinária do evangelho, por isso, a igreja se afastava destes, porque tinha o verdadeiro conhecimento de Cristo.
Hoje as pessoas buscam experiência e não a verdade. Elas não querem pensar, querem sentir. Elas não querem doutrina, querem as novidades. Elas não querem estudar a Palavra, querem escutar testemunhos e experiencias. Elas não querem o evangelho da cruz, buscam o evangelho ao seu gosto. Elas não querem a Deus, querem as bênçãos de Deus. Querem um evangelho triunfalista e não o evangelho triunfante. A igreja está perdendo o compromisso com a verdade. O que determina o rumo da igreja não é mais a Palavra, mas o gosto dos consumidores. A igreja está pregando outro evangelho. Os crentes contemporâneos não são como os bereanos. Estamos vendo uma geração de crentes analfabetos da Bíblia.                        (http://separadosdomundo.blogspot.com.br/)


c.    Era uma igreja que perseverava em meio às tribulações e provaçõesServir ao Senhor Jesus na cidade de Éfeso, não era tão fácil e tão popular como em nossos dias.  Nesta cidade, além do paganismo dominante dedicado a Diana, havia também o culto ao imperador romano. Aqueles que serviam a Cristo não se dobravam em adoração ao imperador, por isso muitos estavam sendo perseguidos e mortos por seguir a Cristo. 

Hoje muitos crentes querem coroa sem cruz.  A igreja contemporânea está perdendo a capacidade de sofrer pelo evangelho. Ela prefere ser reconhecida pelo mundo a ser reconhecida no céu. Os cristãos em Éfeso não desistiam diante da adversidade. Os cristãos de Éfeso eram obreiros incansáveis.

    II.        CRISTO ACUSA A IGREJA DE ÉFESO DE TER ABANDONADO O PRIMEIRO AMOR. (v. 4).

Meus amados irmãos, certamente havia na igreja de Éfeso obras, labor e perseverança, porém estas coisas podem estar presentes mesmo havendo decadência no amor. William Hendriksen, comentando sobre o abandono do amor por parte da igreja de Éfeso, ele diz que: “Uma esposa pode ser muito fiel a seu esposo e dar evidência de uma ativa assiduidade em todas as coisas a ele relacionadas – e ainda assim haver uma redução no seu amor por ele... Assim também um membro da igreja pode ser muito regular em sua frequência   aos serviços religiosos e, apesar disto, não ser tão devotado ao Senhor quanto fora outrora”.
O que faz o crente abandonar o “primeiro amor”? 

1) A rotina; 
2) A religiosidade; 
3) A falta do amor e fervor.

É possível recuperarmos o primeiro amor? Sim, é possível. Se seguirmos as instruções que o Senhor Jesus nos dar, é possível que o amor volte a ser como antes. Se:
a.    Lembra-mos:

- Como conhecemos o nosso Senhor Jesus Cristo;
- Sua morte na cruz do Calvário;
- Que não pertenço à este mundo;
- Como era fervoroso buscar a Cristo, logo no inicio;
- Lembrar que a vitória já foi conquistada por Cristo.

b.    Arrependermos verdadeiramente – Não apenas chorarmos de emoção, pois emoção é passageira. O arrependimento nos conduz a confissão e em consequência Cristo nos dá o perdão e nos restaura.

c.    Voltar – à praticar as primeiras obras. Significa restauração à comunhão inicial, rompida pelo pecado e pela negligência.


III.        CRISTO CONCLAMA A IGREJA A UM REAL ARREPENDIMENTO SINCERO E LHE FAZ PROMESSAS.

Quando há arrependimento verdadeiro, vemos que perdão e promessas de vida. Jesus promete que “ao vencedor” que significa “ao conquistador” lhe será dado a se alimentar da árvore da vida.
Quando é dito “ao vencedor”, isto quer dizer que aqueles que lutam contra o pecado, o diabo e seus domínios e que por seu amor por Cristo persevera até o fim, este terá vida eterna com Cristo. O homem pecador foi banido para longe da árvore da vida (Gn 3.22-24), mas, em Cristo, ele tem a oportunidade de viver eternamente.
O Senhor exige de seus servos que sejam perseverantes, mesmo em tempos de aflição, isto não quer dizer que a salvação pode ser conquistada pelo esforço humano, mas que a fé salvadora se mostra pela firmeza e constância do crente.

Conclusão: que o senhor nos ajude a vencermos as tentações neste mundo que é tão competitivo, onde há uma inversão de valores, onde Deus foi banido do coração de muitas pessoas. Que o Senhor, também nos ajude a voltarmos ao primeiro amor para que o nos, como candeeiros não sejamos removidos da presença do Senhor, como foi a ameaça de Cristo à igreja de Éfeso.

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Pr. Davi Gomes do Nascimento


quarta-feira, 20 de julho de 2016

SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE


Apocalipse 1

Introdução: Este é o ultimo livro da Bíblia. Para muitos é um livro cheio de mistérios, para outros é um livro que gera temor... Mas para a igreja? Qual o significado? O que ele gera em nossas vidas? Para o crente fiel ao Senhor, este livro deve gerar uma viva esperança de que o fim estar próximo e que em breve seremos levados com o Senhor para a lória eterna, local este, que o Senhor conquistou para nós naquela cruz.
Este livro está catalogado na categoria de livros de revelação, onde retrata o seu escritor preso em uma ilha carceraria, chamada Patmos. Patmos foi usada como um lugar de banimento durante os tempos romanos. Patmos é uma pequena ilha da Grécia a 55 km da costa da Turquia, no mar Egeu.
Por decreto do imperador Deocleciano foi João banido para a ilha de Patmos, condenado "por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". Apoc. 1:9. 
Quem foi João, o escritor deste livro? João é retratado na Bíblia como o discípulo que Jesus amava (Jo 13:23), também foi o escritor do evangelho e as três epístolas que receberam o seus nome. Alguns estudiosos entendem que o livro de Apocalipse não recebeu o nome de João, por dois motivos:

1.    Que quem é o autor deste livro é o próprio Deus, revelado em Jesus;

2.    João estava na qualidade de profeta, aquele que iria transmitir o que lhe estava sendo dito.

Ainda, podemos observar que o propósito do livro de apocalipse é unicamente transmitir conforto à igreja e não medo, até por que o tema deste livro é “a vitória de Cristo e de sua igreja, sobre Satanás e seus agentes. Por isso, este livro não foi dirigido apenas às sete igrejas da Ásia, mas a igreja de nosso tempo. O podemos aprender para a nossa edificação?

      I.        BEM AVENTURADO É AQUELE QUE LER, OUVE E GUARDA A PALAVRA DE DEUS.


a.    A nossa sociedade está cega para ler a Palavra de Deus, surda para ouvir Deus falar aos seus ouvidos e com os corações muito preenchidos para compreender e guardar as Palavras de Deus. (Mateus 13 : 15) Is 29.13

b.    Quando a Bíblia é lida e praticada, passamos a conhecer melhor a vontade de deus para as nossas vidas. (Mt 22:29)

c.    Quando a Palavra de Deus habita em nossos corações, temos a consciência do que é o pecado e ficamos envergonhados diante de Deus, por isso nos achegamos diate dEle e confessamos e por isso recebemos perdão. (Salmos 119 : 11; (II Crônicas 7 : 14)

d.    Aquele que ler, ouve e guarda a Palavra de Deus, reconhece que o fim está próximo, por isso procura viver de forma que agrade a Deus. (Ap. 1. 3; 1 Pe 4.7,8)


    II.        CRISTO ANDA EM NOSSO MEIO (Ap 1.13, 12 e 20)


          O apostolo João nos mostra neste capitulo, que Cristo andava no meio dos Candeeiros que são as igrejas e que por andar no meio das igrejas, Ele conhecia as suas obras. As Sete Estrelas (Os anjos, mensageiros, pastores), seriam os transmissores da mensagem que havia sido revelada a João na ilha de Patmos. A cada Igreja o senhor esclareceu que conhecia as obras de cada uma:

a.    À igreja da cidade de Éfeso – “Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos” Ap 2.2.

b.    À igreja da cidade de Esmirna – “Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás” Ap 2.8.

c.    À igreja da cidade de Tiatira“Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras”. Ap 2.19.

d.    À igreja da cidade de Sardes“Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” Ap 3.2.

e.    À igreja da cidade de Filadélfia“Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”. Ap 3.8.

f.     À igreja da cidade de Filadélfia - Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Ap 3.15

O Senhor reconhece quando investimos em sua obra, pois Ele está em nosso meio, mas reconhece também, quando somos negligentes para com a sua obra. Cada dessas igrejas tiveram suas obras expostas e a maioria foi elogiada, com exceção a igreja da cidade de Laodiceia.

Aplicação: Como tem sido a tua convivência com Cristo? Você é alvo de elogios e passiveis concertos, ou temos sido como a igreja de Laodiceia, que foi censurada, repreendida por não realizar a obra do Senhor com primazia? Pensemos nisto!!

   III.        A IGREJA É VITORIOSA NO PRESENTE.

a.    Cristo está tratando sua igreja como igreja vitoriosa neste mundo. Não é uma vitoria a ser conquistada ainda, é uma vitoria já realizada em nossas vidas. (I Coríntios 15 : 57)

b.    A nossa vitória foi conquistada na cruz do Calvário, por isso devemos andar como vitoriosos (Rm 8.37), por isso Jesus nos diz que ao vencedor dará a coroa da vida (Tg 1.12).

c.    Os vitoriosos não temem a morte, pois creem que Jesus venceu a morte (1 Cor 15.54-57). Por isso Paulo nos diz que como vitoriosos devemos ser “firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” 1 Cor 15.58.



CONCLUSÃO: Ao meditarmos nestas verdades aqui expostas, qual a reflexão que fazemos? Como temos andado neste mundo? Qual tem sido a nossa contribuição para a obra de Deus neste mundo? Temos nos esforçado para levar o evangelho a todos que estão ao nosso alcance e também aqueles que não estão? Temos investido mais neste mundo do que em nossa vida espiritual? Aqueles que até o momento tem deixado de seguir a Cristo tem negado o seu nome através da rejeição, o Senhor nos diz que “qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus” Mt 10.33. O Senhor nos diz o “fim está próximo”, por isso conclamamos a todos a que estejam preparados para este tão glorioso e grande dia. Amém!

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Pr. Davi Gomes do Nascimento

sexta-feira, 8 de julho de 2016

IGREJAS E PASTORES SEM ÉTICA MINISTERIAL



Há muitos anos enquanto liderava uma equipa missionária no sudeste asiático recebemos alguns missionários novos que chegaram com todo aquele entusiasmo natural dos missionários recém chegados e ao mesmo tempo nós que ali estávamos já há algum tempo também éramos contagiados por este entusiasmo. No entanto, um mês após a chegada destes irmãos, um deles teve seu sustento abruptamente cortado por sua igreja, pois um outro pastor havia passado naquela igreja e a convenceu de simplesmente repassar para seu projeto a ajuda missionária que era destina ao novel missionário, agora abandonado no campo. No desejo de ajudar, telefonei ao pastor da igreja que me ouviu em silêncio e simplesmente me disse ao final: "O que está feito, está feito!" Dando-me a impressão de um pastor e igreja irresponsáveis e sem ética ministerial.

Numa outra ocasião, quando fazia parte de uma comissão que coordenava um determinado ministério, sendo eu na ocasião uma das figuras principais naquele movimento, fui procurado por um pastor que desejoso de pertencer a tal comissão ofereceu um determinado valor mensal para o ministério se eu o ajudasse a entrar na coordenação daquele trabalho.

Quando cheguei a Europa para trabalhar, há quase doze anos, ainda mantinha alguns vínculos ministeriais com a Ásia, coisa que fui deixando aos poucos, foi quando um pastor que viu o resultado do nosso trabalho na Ásia me fez a proposta de me desligar da minha igreja enviadora no Brasil, e então eu poderia escolher o país onde morar na Europa e sua igreja assumiria todas as minhas despesas com o acréscimo de outros benefícios desde que eu trabalhasse somente para eles.

Eu poderia continuar aqui contando histórias como estas e outras que revelam o caráter deformado de pastores e igrejas. Se há algo pelo qual um pastor e igreja devem prezar é pela sua ética ministerial. Mas é impressionante a falta desta no meio protestante. A ética tem relação direta com o nosso caráter cristão e revela se estamos de fato seguindo a Cristo, servindo na sua causa ou se servimo-nos a nós mesmos e os nossos interesses.

A Bíblia está repleta de histórias e advertências sobre a nossa responsabilidade de manter nossa ética ministerial como igreja e pastores sem mácula. Mas citarei apenas um verso: "Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo!" (1 Co 11:1). Uma igreja ou pastor que buscar ser um imitador de Cristo desenvolverá uma postura ética acima de qualquer acusação. No entanto, não é isto o que vemos, em todo lado, há sempre alguém preparado para causar escândalo desde que possa tirar alguma vantagem.

Mas entre todos os sem éticas, imorais e vergonhosos os que mais me impressionam são aqueles que agem na surdina, na calada da noite, que sem piedade ao ministério de outro age de maneira a tirar vantagens de alguma forma. Como aqueles que vestidos de uma capa de falsa piedade e falsos camaradas de jugo, utilizam-se de oportunidades para pescar no aquário alheio, roubando com palavras doces as ovelhas de outro. Que acolhe aqueles que levados por satanás buscam denegrir a imagem de homens honestos e com eles compactuam, comem na mesma mesa e juntos tramam a perversidade.

Confesso que este texto é um desabafo, muito mais que um texto para instrução geral, pois já estou cansado de lidar com este tipo de pastores e igrejas. Homens sem piedade, sem ética, sem sentido de respeito e cooperação que buscam de toda forma engordar seus rebanhos as custas do trabalho de outro. Tolos, pensam que por agirem nas trevas ninguém os vê, mas se esquecem que Deus é luz e nele não há trevas alguma. Nos encontros pastorais se esquivam, protagonizam pressa, andam pelos cantos, chegam depois e saem antes para não serem confrontados, na esperança de que sua atitude caia no esquecimento. Miseráveis, esquecem que dão contas a Deus.

Que Deus nos livre destes pastores e destas igrejas, pois imitam muito mais a satanás do que a Cristo.

Autor: Pr. Luis Alexandre Ribeiro Branco (Missionário da JAMI em Portugal)



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Fonte: CBN