Apocalipse 2:1-7
A cidade de Éfeso era uma cidade muito prospera também muito rica, formosa e magnificente,
tudo devido ao templo que era dedicado a deusa Diana. Diana era a deusa da lua e da caça, e que correspondia a
deusa grega Ártemis. O templo
mais famoso e suntuoso de Diana, ou Ártemis, ficava exatamente em Éfeso, aliás,
o templo de Ártemis em Éfeso, foi uma das sete maravilhas da antiguidade.
A idolatria e a imoralidade eram tão más em
Éfeso que a cidade foi apelidada de “o cúmulo do paganismo.” O Templo de
Ártemis iniciou um badalado centro de manufatura de ídolos. Prostitutas e
pornografia eram o próximo item básico oferecido aos peregrinos e turistas.
Para os efésios, o templo e a adoração à
Ártemis representavam oportunidades econômicas tanto quanto orgulho cívico.[8] Éfeso
também era um centro de aprendizado e prática de artes mágicas e práticas
ocultas.[9] O povo acreditava em amuletos, poções, palavras
mágicas e feitiços.
Em Atos 18.19-21
relata que o apostolo Paulo esteve nesta cidade em sua passagem de Corinto à
Jerusalém, durante sua segunda viagem missionária, deixando assim Priscila e
Àquila; e que Apolo ensinou com muito zelo(At. 18.25).
Durante o império de Domiciano, João foi
exilado para a ilha de Patmos e no reinado de Trajano, ele foi libertado e
morto.
A igreja de Éfeso
tinha mais de quarenta anos de fundação, quando Jesus endereçou esta carta. A
geração de então, era outra geração, diferente da anterior. Esta nova geração,
não havia experimentado aquela antiga devoção a Cristo. A igreja tinha abandonado
o seu primeiro amor. Vejamos o que podemos aprender para a nossa edificação
nesta noite.
Primeiro, devemos
entender que Cristo reconhece as obras que a igreja realiza em seu nome;
segundo, Cristo acusa a igreja de Éfeso
de ter abandonado o primeiro amor; Cristo conclama a igreja a um arrependimento
sincero e lhe faz promessas.
I. DEVEMOS ENTENDER QUE CRISTO RECONHECE AS OBRAS QUE A
IGREJA REALIZA PARA A GLÓRIA DE SEU NOME (vvs 2,3).
No inicio da carta
endereçada a igreja de Éfeso, Jesus faz elogios pelas virtudes evidenciadas,
sendo elas:
a.
Era uma igreja que se
preocupava e se envolvia com a obra de Cristo - A palavra obra, tem significado amplo e neste
caso, quer dizer que a igreja era comprometida com o serviço do Senhor. Não
havia dificuldades com as atividades regulares da igreja.
b. Era uma igreja doutrinalmente fiel ao Senhor Jesus e sua
Palavra - Era uma igreja bem doutrinada, e podemos até
dizer que era uma igreja blindada contra toda sorte de heresias e novos ensinos
que surgiam. Havia discernimento espiritual na vida da
igreja, por isso ela odiava as obras dos nicolaítas, estes traziam falsos
ensinos e deturpavam a pureza doutrinária do evangelho, por isso, a igreja se
afastava destes, porque tinha o verdadeiro conhecimento de Cristo.
“Hoje as pessoas buscam experiência e não a verdade. Elas não querem
pensar, querem sentir. Elas não querem doutrina, querem as novidades. Elas não
querem estudar a Palavra, querem escutar testemunhos e experiencias. Elas não
querem o evangelho da cruz, buscam o evangelho ao seu gosto. Elas não querem a
Deus, querem as bênçãos de Deus. Querem um evangelho triunfalista e não o
evangelho triunfante. A igreja está perdendo o compromisso com a verdade. O que
determina o rumo da igreja não é mais a Palavra, mas o gosto dos consumidores.
A igreja está pregando outro evangelho. Os crentes contemporâneos não são como
os bereanos. Estamos vendo uma geração de crentes analfabetos da Bíblia”. (http://separadosdomundo.blogspot.com.br/)
c. Era uma igreja que perseverava em meio às tribulações e
provações – Servir ao Senhor
Jesus na cidade de Éfeso, não era tão fácil e tão popular como em nossos
dias. Nesta cidade, além do paganismo
dominante dedicado a Diana, havia também o culto ao imperador romano. Aqueles
que serviam a Cristo não se dobravam em adoração ao imperador, por isso muitos
estavam sendo perseguidos e mortos por seguir a Cristo.
Hoje muitos crentes querem coroa
sem cruz. A
igreja contemporânea está perdendo a capacidade de sofrer pelo evangelho. Ela
prefere ser reconhecida pelo mundo a ser reconhecida no céu. Os cristãos em
Éfeso não desistiam diante da adversidade. Os cristãos de Éfeso eram obreiros
incansáveis.
II.
CRISTO ACUSA A IGREJA
DE ÉFESO DE TER ABANDONADO O PRIMEIRO AMOR. (v. 4).
Meus amados irmãos,
certamente havia na igreja de Éfeso obras, labor e perseverança, porém estas coisas podem estar presentes mesmo havendo decadência no amor. William
Hendriksen, comentando sobre o abandono do amor por parte da igreja de Éfeso,
ele diz que: “Uma esposa pode ser muito
fiel a seu esposo e dar evidência de uma ativa assiduidade em todas as coisas a
ele relacionadas – e ainda assim haver uma redução no seu amor por ele... Assim
também um membro da igreja pode ser muito regular em sua frequência aos serviços religiosos e, apesar disto, não
ser tão devotado ao Senhor quanto fora outrora”.
O que faz o crente abandonar
o “primeiro amor”?
1) A rotina;
2) A
religiosidade;
3) A falta do amor e
fervor.
É possível recuperarmos o primeiro amor? Sim, é possível. Se seguirmos as instruções que o Senhor Jesus nos dar, é possível que o amor volte a ser como antes. Se:
a.
Lembra-mos:
- Como conhecemos o nosso Senhor Jesus
Cristo;
- Sua morte na cruz do Calvário;
- Que não pertenço à este mundo;
- Como era fervoroso buscar a Cristo,
logo no inicio;
- Lembrar que a vitória já foi
conquistada por Cristo.
b.
Arrependermos
verdadeiramente
– Não apenas chorarmos de emoção, pois emoção é passageira. O arrependimento
nos conduz a confissão e em consequência Cristo nos dá o perdão e nos restaura.
c.
Voltar – à praticar as primeiras obras.
Significa restauração à comunhão inicial, rompida pelo pecado e pela
negligência.
III.
CRISTO CONCLAMA A IGREJA A UM REAL
ARREPENDIMENTO SINCERO E LHE FAZ PROMESSAS.
Quando há arrependimento verdadeiro,
vemos que perdão e promessas de vida. Jesus promete que “ao vencedor” que
significa “ao conquistador” lhe será dado a se alimentar da árvore da vida.
Quando é dito “ao vencedor”, isto quer
dizer que aqueles que lutam contra o pecado, o diabo e seus domínios e que por
seu amor por Cristo persevera até o fim, este terá vida eterna com Cristo. O
homem pecador foi banido para longe da árvore da vida (Gn 3.22-24), mas, em
Cristo, ele tem a oportunidade de viver eternamente.
O Senhor exige de seus servos que
sejam perseverantes, mesmo em tempos de aflição, isto não quer dizer que a
salvação pode ser conquistada pelo esforço humano, mas que a fé salvadora se
mostra pela firmeza e constância do crente.
Conclusão: que o senhor nos ajude a vencermos as
tentações neste mundo que é tão competitivo, onde há uma inversão de valores,
onde Deus foi banido do coração de muitas pessoas. Que o Senhor, também nos
ajude a voltarmos ao primeiro amor para que o nos, como candeeiros não sejamos
removidos da presença do Senhor, como foi a ameaça de Cristo à igreja de Éfeso.
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Pr. Davi Gomes do Nascimento