sexta-feira, 26 de agosto de 2016

SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE


Apocalipse 3.7-13

            A Palavra Filadélfia tem seu significado derivado de duas palavras gregas: Phillos = Amor; e Adelphos = irmão, significa literalmente: “Amor Fraternal”, ou “amor entre irmão”. A cidade de Filadélfia era a cidade mais jovem entre as sete cidades, e também foi fundada por colonos vindos da cidade de Pergamo, sob o reinado de Atalo II. Átalo amava tanto a seu irmão Eumenes que o apelidou de philadelphos, o que ama a seu irmão. Daí vem a origem do nome da cidade. Filadélfia era situada em local estratégico e era a rota principal do correio imperial de Roma para o Oriente, por isso a cidade também era chamada de “porta para o oriente”. Em Filadélfia havia muitos templos dedicados aos deuses gregos, por isso também era conhecida como “pequena Atenas. Segundo John Stott, Filadélfia era também chamada a “cidade dos terremotos”. Tremores de terra eram frequentes e tinham levado muitos antigos habitantes a deixar a cidade em busca de lugar mais seguro. O violento terremoto que devastou Sardes no ano 17 d.C., quase destruiu completamente Filadélfia.
Jesus escreve para esta jovem igreja, fundada nesta jovem cidade. O que tem ele a nos ensinar nesta noite, através desta carta?

  I.        JESUS CONHECE A IGREJA E O LOCAL ONDE ELA SE ENCONTRA.

a.    A cidade de Filadélfia teve sua fundação na intenção de ser ela porta aberta de divulgação da cultura e do idioma grego na Ásia. Átalo fundou Filadélfia para ser um elo da cultura helênica, missionária da filosofia grega.

b.    Cristo colocou uma porta aberta diante da igreja para que ela proclamasse não a cultura grega, mas o evangelho da salvação v. 8. John Stott afirma que o que a cidade tinha sido para a cultura grega era agora para o evangelho cristão.

c.    A cidade fora castigada por vários terremotos, e as pessoas viviam assustadas pela instabilidade. Existiam muitos terremotos e grandes tremores de terra na cidade de Filadélfia. Muitos viviam em tendas fora da cidade.

d.    A igreja vivia atemorizada com os terremotos e tremores da cidade, porém Jesus diz: "Farei do vencedor uma coluna no templo do meu Deus, de onde jamais sairá " (Ap 3.12).

São Palavras de esperança, em tempos de crises. Palavras confortadoras em tempo de desconforto. Jesus afirma para a igreja localizada na cidade dos tremores e abalos e que nunca mais seriam abalados nem destruídos. Cremos nesta verdade em nossos dias? Para nossas igrejas? Para nossas vidas em particular?


    II.        JESUS SE APRESENTA COMO A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS QUE AFLIGEM A IGREJA.

a.    Alem de sofrer as catástrofes naturais, a igreja também sofria com a atuação dos falsos mestres. Em nossos dias, as igrejas que agem com fidelidade bíblica doutrinária, também é perseguida com os ataques de falsos mestres que auto se intitulam de pastores, apóstolos, mestres... que na verdade tem proclamado um outro evangelho que não é o de Cristo, por isso o apostolo Paulo advertiu a igreja de Corinto dizendo que “se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” 2 Cor 11.4, também adverte às igrejas da Galácia afirmando que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” Gl 1.8.

b.    Jesus reconhece a fragilidade da igreja, ao afirmar que ela tinha pouca força no mundo, mas a parabeniza pela sua fidelidade, v. 8.

c.    A igreja tinha pouca força, talvez por ser pequena; ser formada por crentes pobres e escravos; por não ter influência política nem social na cidade, mas ela havia guardado a Palavra de Cristo e não havia negado seu Nome.

d.    Essa deve ser a atitude de uma igreja que evidência fidelidade para com o Senhor Jesus. Mesmo passando por provas, perseguição e ainda, inserida em um local de impiedade, idolatria e prostituição cultual, ela permanece fiel.

e.    Como anda a sua vida com Cristo? És fiel em tudo? Mesmo em provas e tribulações, és fiel ao Senhor?


   III.        JESUS SE APRESENTA COLOCANDO DIANTE DA IGREJA, UMA GRANDE OPORTUNIDADE v. 8.

Que porta é está? Quais são estas oportunidades colocadas por Cristo diante da sua igreja?

a.    A primeira delas é a salvação. Mesmo sofrendo opressões, a igreja tinha certeza que era salva. Esta certeza foi conquistada pelo Senhor Jesus e afirmada por Ele mesmo. ((Mt 7:13-14).

b.    A segunda é a oportunidade que Ele nos dá de falar do seu amor para outras pessoas, ou seja, é a porta da evangelização. As tristezas da cidade eram como um grito de socorro dos seus habitantes que eram carentes do evangelho. Esta era uma porta de oportunidade para se pregar o evangelho que é poder de Deus para todo aquele que crer.

c.    O Pr. Hernandes dias Lopes diz que havia três problemas que aparentemente impossibilitava a proclamação do evangelho da graça, são eles:

-        A igreja era muito fraca (v. 8) - congregação pequena, formada de crentes pobres e escravos, fazendo com que tivesse pouca influência sobre a cidade. Mas isso não devia detê-la no evangelismo.

-        Havia oposição à igreja na cidade (v. 9) - Os judeus, chamados por Jesus, sinagoga de Satanás, perseguiu a igreja. No começo os crentes começaram a recuar, então Cristo disse para a igreja: eu coloquei diante de vocês uma porta aberta que ninguém pode fechar. Aqueles que hoje perseguem vocês virão e se prostrarão diante de vocês e saberão que os amei.

-        A ameaça de futura tribulação (v. 10) - Seria aquele momento apropriado para evangelismo? Não seria um tempo para recolher-se e manter-se seguro, em vez de avançar? Cristo diz não! Ele promete guardar a igreja e a encoraja a cruzar a porta aberta sem medo. Não basta ser uma igreja que guarda a Palavra (v. 8). É preciso proclamar a Palavra. Não basta ser uma igreja ortodoxa, é preciso ser uma igreja missionária! Assim como a cidade tinha uma missão ser a missionária da cultura grega, a igreja deveria ser a missionária do evangelho. A porta estava aberta. A porta está aberta, precisamos aproveitar as oportunidades enquanto é dia!

Conclusão: Meus amados Irmãos, Jesus não é aquele que apenas sabe o local em que a igreja se encontra, ou aquele que apenas conhece os problemas da igreja, ou ainda, aquele que coloca uma grande oportunidade diante da igreja, mas Ele também é aquele que dá grandes garantias a sua igreja v.7.

a.    Ele tem em suas mãos toda a autoridade,
b.    Em suas mãos estão a chave da Salvação
c.    Ele também tem a chave da evangelização

Jesus não apenas conhece a pobreza e os problemas e provações da igreja, e conhecendo bem a fidelidade da igreja, Jesus faz promessas de uma grande recompensa e uma herança gloriosa: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome”, Ap 3.12. Diante disto, somos encorajados á permanecermos firmes até a volta de Cristo, v.11.


“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”, v. 13



Que Deus nos abençoe. Amém.

Pr. Davi Gomes do Nascimento

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Fonte: Estudos no Livro de APOCALIPSE - Hernandes Dias Lopes, Comentário Bíblico do Novo testamento - Ed. Central Gospel, Bíblia de Estudo de Genebra.





sábado, 20 de agosto de 2016

SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE


Apocalipse  3:1-6


A cidade de Sardes ficava situada em uma colina de difícil acesso e nos tempos antigos era a capital da Lídia. Segundo historiadores, os habitantes desta cidade eram: arrogantes e autoconfiantes. A confiança deles se baseava de que ninguém subiria a colina, havia apenas um ponto de acesso, que era uma pequena península que se estendia para o sul e que a mesma poderia ser facilmente fortificada. No ano de 549 veio o inimigo para atacá-la e no ano de 218 a tomou. Mas a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C, quando este cercou a cidade por 14 dias, e quando seus soldados estavam dormindo, ele penetrou com seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a cidade. Mais tarde, em 218 a.c, Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. E isso por causa da autoconfiança e falta de vigilância dos seus habitantes. Os membros dessa igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: "Sede vigilantes! ... senão virei como ladrão de noite". Quando o Apocalipse foi escrito, Sardes caía em decadência. Como diz William Hendriksen: “Um morte lenta, mas segura”.
Quando João escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se agora aos encantos de uma vida de luxúria e prazer. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida.
A igreja de Sardes foi considerada por Jesus, como uma “igreja morta”: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto, v. 1. Tanto em Pérgamo como em Tiatira, uma pequena parte dos crentes haviam caído em tentação, porém em Sardes, boa parte da congregação tinha contaminado suas vestiduras. Aquela igreja deveria ser uma portadora de luz. Fracassou em seu dever. Sardes gozava de tranquilidade e paz, pois não havia perseguição nem dos judeus nem da parte dos gentios. Gozava de paz, mas era a paz de cemitério. Jesus alerta aos membros desta igreja morta, que eles deveriam se despertar e permanecer acordados que deveria manter firmes o restante que estavam pra morrer. Meus amados irmão, a luz do candeeiro da igreja de Sardes estava cada vez mais fraca e logo iria se apagar.

O que levar uma igreja a morrer e como trazê-la de volta a vida?

    I.A MORTE DE UMA IGREJA vs 1,2.

                   O Dr. Carl Mcintire em seu livro, intitulado “A Morte de uma Igreja, do ano de 1968, diz que um dos problemas que fazem uma igreja morrer, se encontram nos votos de ordenação ao ministério, que para a sua época eram novos: “Esses votos fazem duas coisas importantes: Primeiro, abandonam as Escrituras como a Palavra infalível de Deus; e, em segundo, abandonam o sistema de doutrina que as Sagradas Escrituras ensinam” (“A Morte de uma Igreja, Carl Mcintire, 1968, pg. 9)
       Esse é o principal problema da igreja de Sardes, passaram a confiar em si mesmo, por acharem que estavam seguros e abandonaram a Palavra de Deus e ainda se achavam uma igreja viva, ou avivada, quando Jesus afirma que aquela igreja estava morta. Alguns problemas podem ser identificados na vida daquela igreja:

a.      Era uma igreja que vivia de aparências – Era uma igreja de  nome. Notava-se fama da igreja. Tinha uma boa reputação na cidade. Não prosperava falsas doutrinas na comunidade. Aparentava ter vida e vigor, porém, a igreja estava morta. A maioria dos membros não davam provas de que eram convertidos.

b.      A aparência da igreja podia ser comparada a um cemitério espiritual, invés de um local  de vida abundante – Não devemos nos enganar a respeito de Sardes. Aparentemente, os que estão de fora, não diria que ela era uma igreja morta e até mesmo, as outras igrejas a visualizava com uma igreja viva e cheia de esplendor, mas ela mesma reconhecia o seu estado de morte espiritual. Tinha um nome respeitável, mas era só fachada. Quando Jesus examinou a igreja mais profundamente, disse: "Não achei as suas obras íntegra diante do meu Deus”. J. I. Packer diz que “há igrejas cujos cultos são solenes, mas são como um caixão florido, lá dentro tem um defunto”.

c.      A fé exercida pela igreja era apenas nominal - O Cristianismo da igreja era apenas nominal. Seus membros pertenciam a Cristo apenas de nome, porém não de coração. Tinham fama de vivos; mas na realidade estavam mortos. Fisicamente vivos espiritualmente mortos.

   II.QUANDO HÁ A NECESSIDADE DE AVIVAMENTO.

a.         Quando há crentes que só têm o nome no rol da igreja, mas ainda estão mortos espiritualmente, ou seja, ainda não são convertidos - v. 1.

b.      Quando há crentes que estão no CTI espiritual em adiantado estado de enfermidade espiritual - v. 2

·                    Na igreja havia crentes espiritualmente em estado terminal – A maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol da igreja, mas não no Livro da Vida. Mas havia também crentes doentes, fracos, em fase terminal. O mundanismo adoece a igreja. O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus. O pecado mata os sentimentos mais elevados e petrifica o coração. No começo vem dúvidas, medo, tristeza, depois a consciência cauteriza, perde a vergonha. (Hernandes Dias Lopes)

c.            Quando há crentes que embora estejam em atividade na igreja, levam uma vida sem integridade - v. 2

·                    Esses crentes têm vida dupla - Suas obras não são íntegras. Eles trabalham, mas apenas sob as luzes da ribalta ( É o conjunto de lâmpadas que fica com o dever de iluminar os primeiros planos do palco.). Eles promovem seus próprios nomes e não o de Cristo.

d.            Quando há crentes se contaminando abertamente com o mundanismo - v. 4.

·                                   A causa da morte da igreja de Sardes era não a perseguição, nem a heresia, mas o mundanismo - Onde reina a morte pelo pecado, não há morte pelo martírio. A maioria dos crentes estava contaminando as suas vestiduras. Isso é um símbolo da corrupção. O pecado tinha se infiltrado na igreja.

          Os crentes não tinham coragem de ser diferentes. Eram como Sansão (Jz 14:10) e não como Daniel (Dn 1:8), que resolveu firmemente em seu coração não se contaminar.

 III.          O QUE É NECESSÁRIO PARA QUE HAJA UM VERDADEIRO AVIVAMENTO?

Segundo o Pr. Hernandes Dias Lopes, há cinco imperativos de Jesus para a igreja: 1) Sê vigilante; 2) Fortaleça ou consolida o que resta; 3) Lembre-se; 4) Obedeça; 5) Arrependa-se.

Ainda Segundo ele, podemos sintetizar esses imperativos de Jesus, em três aspectos básicos:

a.      Uma volta urgente à Palavra de Deus - v. 3 -  De que eles deveriam lembrar, guardar e voltar? A Palavra de Deus. A igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. O reavivamento é resultado dessa lembrança dos tempos do primeiro amor e dessa volta à Palavra. Uma igreja pode ser reavivada quando ela volta ao passado e lembra os tempos antigos, do seu fervor, do seu entusiasmo, da sua devoção a Jesus. 

·           Quando uma igreja experimenta um reavivamento ela passa a ter fome da Palavra - O primeiro sinal do reavivamento é a volta do povo de Deus à Palavra. Os crentes passam a ter fome de Deus e da sua Palavra. Começam a se dedicar ao estudo das Escrituras. Abandonam o descaso e a negligência com a Palavra.

·           O verdadeiro avivamento é fundamentado na Palavra, orientado e limitado por ela - Ele tem na Bíblia a sua base, sua fonte, sua motivação, seu limite e seus propósitos.

·           Avivamento não pode ser confundido com liturgia animada, com culto festivo, inovações litúrgicas, obras abundantes, dons carismáticos, milagres extraordinários. O reavivamento é bíblico ou não vem de Deus.

b.      Uma volta à vigilância espiritual - v. 2
·                Sardes caiu porque não vigiou - A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura e não vigiou. Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt 7:21-23).

·           A igreja precisa vigiar, pois Satanás tem armado muitas ciladas - Fujamos de lugares, situações, pessoas. Devemos ter cuidado com a vaidade do mundo.

·                Alguns membros da igreja em Sardes estavam sonolentos e não mortos - E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico (Ef 5:14). Há crentes que estão dormindo espiritualmente. São acomodados, indiferentes às coisas de Deus. Não têm apetite espiritual. Não vibram com as coisas celestiais.

·                Os crentes fiéis (v. 4) precisam fortalecer os que estavam com um pé na cova e arrancar aqueles que estavam se contaminando com o mundo - Precisamos vigiar não apenas a nós mesmos, mas os outros também. Uma minoria ativa pode chamar de volta a maioria da morte espiritual. Um remanescente robusto pode fortalecer o que resta e que estava para morrer (v. 4).

c.   Uma volta à santidade - v. 4

·                 O torpor espiritual em Sardes não tinha atingido a todos - Ainda havia algumas pessoas que permaneciam fiéis a Cristo. Embora a igreja estivesse cheia, havia apenas uns poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo. A maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendas obras íntegras diante de Deus.

·                As vestes sujas falam de pecado, de impureza, de mundanismo -Obras sem integridade falam de caráter distorcido, de motivações erradas, de ausência de santidade.

·                Sardes caiu porque não vigiou - A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura e não vigiou. Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt 7:21-23).

·           A igreja precisa vigiar, pois Satanás tem armado muitas ciladas - Fujamos de lugares, situações, pessoas. Devemos ter cuidado com a vaidade do mundo.

·                Alguns membros da igreja em Sardes estavam sonolentos e não mortos - E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico (Ef 5:14). Há crentes que estão dormindo espiritualmente. São acomodados, indiferentes às coisas de Deus. Não têm apetite espiritual. Não vibram com as coisas celestiais.

·                Os crentes fiéis (v. 4) precisam fortalecer os que estavam com um pé na cova e arrancar aqueles que estavam se contaminando com o mundo - Precisamos vigiar não apenas a nós mesmos, mas os outros também. Uma minoria ativa pode chamar de volta a maioria da morte espiritual. Um remanescente robusto pode fortalecer o que resta e que estava para morrer (v. 4).

d.   Uma volta à santidade - v. 4

·                 O torpor espiritual em Sardes não tinha atingido a todos - Ainda havia algumas pessoas que permaneciam fiéis a Cristo. Embora a igreja estivesse cheia, havia apenas uns poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo. A maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendas obras íntegras diante de Deus.

·                As vestes sujas falam de pecado, de impureza, de mundanismo -Obras sem integridade falam de caráter distorcido, de motivações erradas, de ausência de santidade.

Conclusão:

       Diante de tudo que foi pregado nesta noite, através desta mensagem, qual a avaliação e reflexão que podemos fazer? Qual a nossa atitude diante da apostasia e mundanismo em que  a igreja está inserida? Vemos que alguns fatores contribuíram para que a igreja de Sardes fosse confrontada por Cristo, como também alguns perigos que a igreja estava vivenciando. O que leva uma igreja a morrer para Cristo?

1.         Abandono da Palavra
2.         Autossuficiência
3.         Orgulho
4.         Desvio doutrinário
5.         Obras vazias e infruitiferas

       Talvez seja estes os problemas que a igreja em nossos dias esteja vivendo. Acha que está viva, mas para Cristo está morta. Pensa que ser crente é está arrolada em um livro de rol de membros, mas seu nome não consta no livro da vida.
       Qual o conselho que Cristo nos dá, caso estejamos vivenciando os problemas que a igreja de Sardes estava vivendo?

“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”, v.3.

E promete:

“O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”, v.5

Que Deus abençoe nossas vidas e que continuemos fiéis até a segunda vinda de Cristo. Amém.


Pr. Davi Gomes do Nascimento

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SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE

     


                                                            
                                                               Apocalipse 2.18-29
  
Introdução: A cidade de Tiatira estava situada no caminho entre Pérgamo e Sardes, na Ásia Menor. Atualmente chama-se Ak Hissar, na Turquia. Na região de Tiatira crescia uma espécie de planta chamada de “garança”, de cujas raízes extraiam a brilhante tintura vermelha conhecida nos tempos antigos como “púrpura”. Em Atos 16:11-15 nos é dito que Lidia, a vendedora de purpura era de Tiatira. Lidia foi ganha para Cristo, através da mensagem pregada por Paulo, onde a mesma foi batizada. Vale salientar, que Lidia era uma mulher piedosa e temente a Deus.
            Como em outras cidades, Tiatira também era uma cidade idolatra. Lá havia vários templos dedicados a vários deuses. Entre os deuses, a divindade mais importante para Tiatira, era Apolo, que era conhecido como o deus sol, filho de Zeus.
Os vários emblemas encontrados na descrição da cidade de Tiatira, tais como a púrpura, idolatria, deus-sol e o emblema de uma mulher, de nome Jezabel, mencionado na carta dirigida à Igreja daquela cidade (Apocalipse 2:20), são considerados extremamente representativos e retratam com eficácia aquele falso poder religioso que se levantou contra a igreja, passando assim, a serem perseguidores daqueles que professavam a fé em Cristo.
O Pr. Hernandes Dias Lopes, diz que “Tiatira era sede de vários grêmios de comércio importantes (lã, couro, linho, bronze, tintureiros, alfaiates, vendedores de púrpura)”. E diz ainda que “Cada grêmio tinha sua divindade titular. Nessas reuniões havia banquetes com comida sacrificada aos ídolos e acabavam depois em festas cheias de licenciosidade”. E “O que os cristãos deviam fazer nessas circunstâncias: transigir ou progredir? Manter a consciência pura ou entrar no esquema para não perder dinheiro? Ser santo ou ser esperto? Qual é a posição do cristão: se sai do grêmio perde sua posição, reputação e lucro financeiro. Se permanece nessas festas nega a Jesus”. Na posição daques irmãos o que você faria?
A carta ainda revela, que naquela situação tão dificil em que a igreja estava vivendo, surgi a figura da profetiza Jezabel, dizendo que: “para vencer a Satanás é preciso conhecer as cousas profundas de Satanás. Não se pode vencer o pecado sem conhecer profundamente o pecado pela experiência”. O que ela queria dizer? Faça tudo para assistir às festas da sociedade comercial e cometa fornicação... e ainda continue sendo cristão; ou torne-se assim um melhor cristão.
           A igreja de Tiatira esta inserida dentro dessa cultura. Ela era uma igreja forte, estava em crescimento. Aos olhos de qualquer pessoa parecia ser uma igreja fervorosa, cheia de amor, repleta de muitas pessoas. Como Jesus vê essa igreja?

      I.        UMA IGREJA DIGNA DE ELOGIOS, V. 19.

a.    Ela era uma igreja que aparentemente demonstrava a relização de muitas obras;
b.    Uma igreja que evidenciava muito amor;
c.    Uma igreja de fé e serviço, além de ser;
d.    Uma igreja perseverante, que evidenciava que;
e.    As últimas obras, eram melhores que as primeiras.

     Irmãos, Jesus se apresenta aquela igreja como aquele “que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente”, v. 18.

·         Ele não apenas está no meio dos candeeiros (1:16). Ele também anda no meio dos candeeiros (2:1).Ele conhece as obras da igreja (2:19), As tribulações da igreja (2:9), Bem como, o lugar em que a igreja está (2:13).

·         Seus olhos são como chama de fogo (2:18). Ele vê tudo, conhece tudo e sonda a todos. Nada escapa ao seu conhecimento. Ele conhece as obras (2:19) e também as intenções (2:23). 

Meus amados no Senhor, Jesus se apresenta como aquele que distingue dentro da igreja as pessoas fiéis e as infiéis – v. 24

·         Numa mesma comunidade havia três grupos: os que eram fiéis (2:24), os que estavam tolerando o pecado (2:20) e os que estavam vivendo no pecado (2:20-22).

·         A igreja está bem, está em perigo e está mal. E Jesus sabe distinguir uns dos outros. Numa mesma igreja há gente salva e gente perdida. Há joio e trigo.
·         Jesus reconhece e elogia os feitos positivos da igreja – v. 19

a.    A igreja de Tiatira era operante – Havia trabalho.

b.    A marca da igreja era o amor – O que faltava em Éfeso havia em Tiatira.

c.    A outra marca daquela igreja era a fé – Confiava em Deus. 

d.    Havia  perseverança – A igreja passava pelas provas com firmeza.

e.    A Igreja estava em progressão  espiritual – As últimas obras da igreja eram mais numerosas que as primeiras. Essas marcas eram do remanescente fiel e não da totalidade dos membros (Henades Dias Lopes).


    II.        A IGREJA DE TIATIRA FOI UMA IGREJA CONFRONTADA POR CRISTO, PORÉM EXORTADA A ARREPENDER-SE.

a.    Ao tratar  a igreja com juízo, Jesus usa de misericórdia, v. 21

-        Podemos ver que o Senhor é longânimo e exerce a sua longanimidade ao tratar com a igreja de Tiatira, pois sua Palavra afirma que ele não tem prazer na morte do ímpio. Por isso ele convoca-nos ao arrependimento.

-        Ao tratar  a igreja com juízo, Jesus confronta com disciplina.

-        Quando não há arrependimento, o juízo recai sobre aquele que está em pecado.

o   Jezabel não desejou ardentemente o arrependimento – desprezou o tempo que foi dado pra este fim, zombando assim, do Cordeiro.
o   Aqueles que seguiram Jezabel são castigados com doenças, tribulações e morte (2.22,23).
o   O dia do juízo é breve e o castigo, vindouro, (2.19, 23).

   III.        A IGREJA DE TIATIRA É ENCORAJADA A SER FIEL, MESMO ENFRENTANDO APOSTASIA, V. 24, 25.

a.    Mesmo quando muitos se desviam da fé e da doutrina, é possível se manter fiel, 24.

o   Muitos membros da igreja de Tiatira toleravam e seguiam os ensinos e imoralidades de Jezabel.

o   Mas, havia aqueles que se mantinham fiéis ao Senhor Jesus, resistindo e confrontando tais práticas. Estes eram o remanescente fiel.

o   Havia nessa mesma igreja, irmãos que buscavam a santificação. A santidade de vida e de caráter é uma marca da igreja verdadeira. A santidade não é apenas a vontade de Deus, mas seu propósito. Deus nos escolheu para sermos santos. Só os puros de coração verão a Deus. Sem santificação ninguém verá o Senhor. Eles se apartavam do mal e viviam em novidade de vida. (Hernandes Dias Lopes)

b.    É preciso entender que já temos tudo em Cristo para uma vida plena – v. 25

·         Um dos grandes enganos de Satanás é induzir os crentes a pensar que precisam buscar novidades para terem uma experiência mais profunda com Deus. 
·         A verdade de Deus é suficiente. Não precisamos de mais nada. Tudo está feito. O banquete da salvação foi preparado. O que precisamos não é de novidades, de buscar fora das Escrituras coisas novas, mas tomar posse da vida eterna, conhecer o que Deus já nos deu, nos apropriarmos das insondáveis riquezas de Cristo.
·         A provisão de Deus para nós é suficiente para uma vida plena até a volta de Jesus (2:25). Precisamos permanecer firmes e fiéis, conservando essa herança até o fim. 
·         Uma Igreja Recompensada pela sua ao permanecer fiel a Jesus até o fim.


Pr. Davi Gomes do Nascimento