segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE



Apocalipse 2:8-11


Gostaria de iniciar a exposição desta carta que foi endereçada à igreja da cidade de Esmirna, abordando alguns aspectos importantes da cidade a qual esta igreja estava situada, até porque o fato de conhecermos sobre estas cidades, muitas vezes influenciará no comportamento da igreja.

a.    A Palavra Esmirna significa uma especiaria que em língua portuguesa se traduz como Mirra,
b.    A cidade de Esmirna ficava situada ao norte de Éfeso, numa linda baía do mar Egeu.
c.    Dentre as cidades da Ásia Menor ela tornou-se um grande centro comercial, por isso podemos entender que era uma cidade muito prospera.
d.    Esmirna disputava com Éfeso o titulo pelo fato dela:

1.    Possuir um Próspero centro portuário;
2.    Possuía um pitoresco cenário natural;
3.    Ruas bem pavimentadas e delineadas por arvoredos;
4.    Esmirna a cidade-modelo da Grécia
5.    Maior teatro da Ásia;
6.    Era uma cidade em desenvolvimento;
7.    Em Esmirna, há cerca de 3500 anos, nascia Homero, o famoso poeta.

e.    Em Esmirna se encontrava o centro do paganismo, eram adorados:

1.    Cibele (deusa mãe) - simbolizava a fertilidade da natureza;
2.    Apolo - deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar;
3.    Asclepio - deus da medicina e da cura;
4.    Afrodite - deusa do amor, da beleza e do sexo;
5.    Zeus – Para o paganismo mitológico da Grécia ele era o pai dos deuses e dos homens

f.     Havia também em Esmirna, O culto ao Imperador Romano.
g.    Provavelmente foi na segunda viagem de Paulo que esta igreja foi estabelecida na cidade de Esmirna.

          Iremos aprender algumas verdades na carta que o Senhor Jesus destina à igreja de Esmirna.

     I.        JESUS APRESENTA À IGREJA DE ESMIRNA, A SUA ETERNIDADE AO MESMO TEMPO A SUA HUMANIDADE. (V.8).

a.    Jesus inicia sua carta afirmando para a igreja: “Isto diz o primeiro e o último...”.

Jesus mostra como forma de consolo para a igreja, que a sua existência excede todo o raciocínio humano, ele afirma que sempre existiu que sempre foi e é eterno. Não houve um ponto na história do universo que Jesus tenha sido Criado.
       É também revindicado neste verso, a autoridade divina de Cristo. Podemos ver que Jesus reafirma o que foi dito em Isaias 44.6: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus”. A Moisés Ele disse: “...EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”, Êx 3.14. Reafirma sua alto existência dizendo que: “...antes que Abraão existisse, eu sou”,  João 8.58.

b.    Jesus mostra também a sua natureza humana quando diz: “... Esteve morto e tornou a viver...”.

       Jesus lembra à igreja de Esmirna que como homem, Ele sofreu os horrores da morte na cruz. Ele demonstra à igreja, que mesmo sendo Deus, Ele sentiu dores, foi humilhado, julgado por um tribunal humano e condenado a mais dura sentença que é a pena de morte. Tudo isso por amor cada um de nós.
O Senhor Jesus afirma que passou por todo o estagio que passa um ser humano, mas Ele afirma para a igreja, que está vivo. Ele afirma que depois de três dias havia ressuscitado.

    II.        A IGREJA PASSAVA POR TRIBULAÇÕES E VIVIA EM EXTREMA POBREZA. (V. 9)

Jesus afirma que conhecia as tribulações que a igreja vivia.

a.    As tribulações eram marcadas por perseguições, prisões e morte - Segundo relatos históricos, de uma única só vez, 1.200 crentes foram lançados do alto do monte Pagos. Em outro momento, lançaram 800 crentes. Os crentes estavam morrendo por causa de sua fé e fidelidade a Deus.

b.    Mesmo habitando em uma cidade rica e prospera, a igreja era pobre – O Pr. Hernandes Dias Lopes diz que “Ser cristão em Esmirna era um risco de perder os bens e a própria vida. A pobreza da igreja era resultado das tribulações. Ela vinha de três razões, diz o Pr. Hernandes:

1)    Os crentes eram procedentes das classes pobres e muitos deles eram escravos. Os primeiros cristãos sabiam o que era pobreza absoluta;
2)    Os crentes eram saqueados e seus bens eram tomados pelos perseguidores (Hb 10:34);
3)    Os crentes haviam renunciado aos métodos suspeitos e por sua fidelidade a Cristo, perderam os lucros fáceis que foram para as mãos de outros menos escrupulosos.

c.    Além das tribulações e pobreza da igreja, havia ainda denuncias caluniosas por parte dos Judeus – Eles espalhavam falsos rumores e os acusavam de coisas graves. Não apenas perseguiam a igreja, mas incentivava os romanos a prender os crentes. Eram as acusações:

1)    Canibalismo – Celebração da Ceia;
2)    Imoralidade – Celebração da festa ágape;
3)    Dividir famílias – Abandonavam a religião pagã;
4)    Ateísmo – Não adoravam às imagens de esculturas e nem tampouco ao imperador de Roma;
5)    Acusavam os crentes de deslealdade e revolucionários, por se negarem a dizer que César era o Senhor.

   III.        EM MEIO A TODO O SOFRIMENTO, CRISTO NOS DÁ ESPERANÇA DE FELICIDADE PLENA E NOS FAZ PROMESSAS. (V. 10, 11)

Em meio a tanto terror que a igreja estava vivendo, Jesus diz: “Não temas as coisas que tens de sofrer”. Jesus mostra que o sofrimento ainda não havia acabado ele estava apenas começando: “Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias” v. 10. Como entender esta afirmação de Cristo:

a.    A Igreja sofreu de fato “dez perseguições” distintas, desde o reinado do imperador Nero até ao de Diocleciano.  Durante esse tempo, a matança de cristãos foi tremenda. No campo profético as perseguições desencadeadas por Diocleciano perduraram dez anos

A atitude da igreja em meio ao que ainda estava por vir era que ela deveria permanecer fiel ao Senhor Jesus: “Sê Fiel até a morte”, significa: “seja fiel, mesmo que isto lhe custe à própria vida”. A fidelidade tem como prêmio, a coroa da vida.

CONCLUSÃO: (Hernandes Dias Lopes)

1. Quem tem ouvidos, ouça o Espírito diz às igrejas – Cada igreja tem necessidade de um sopro especial do Espírito de Deus. A palavra para a igreja de Esmirna era: considerem-se candidatos à vida. Sob tribulação, pobreza e difamação continuem fiéis. Não olhem para o sofrimento, mas para a recompensa. Só mais um pouco e ouviremos nosso Senhor nos chamando de volta para Casa: “Vinde, benditos de meu Pai, entrem na posse do Reino…”, aqui não tem mais morte, nem prato, nem luto, nem dor!

2. O vencedor não sofrerá o dano da segunda morte – Podemos enfrentar a morte e até o martírio, mas escaparemos do inferno que é a segunda morte (v. 11), e entraremos no céu, que é a coroa da vida (v. 10). Podemos precisar ser fiéis até à morte, mas então a segunda morte não poderá nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas então a coroa da vida nos será dada.

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Pr. Davi Gomes do Nascimento


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