Apocalipse 2:12-17
A. A importância da cidade:
1) Do ponto de vista comercial, a
cidade de Pérgamo não era tão importante como Éfeso e Esmirna.
2) Mas mesmo assim, era um
importante centro político e religioso.
B. A religiosidade de Pérgamo:
1) Foi
a primeira cidade da Ásia que incentivou abertamente o culto ao imperador
romano.
2) No
ano 29 a.C. foi dedicado um templo “ao divino Augusto”.
3) Assim,
esta cidade se tornou o principal lugar de adoração ao imperador na Ásia.
4) Pérgamo
também era o centro de adoração a muitos outros deuses:
1. Havia na cidade uma acrópole de
uns 300 metros de altura com muitos templos a deuses pagãos:
a) No topo havia um belo templo
dedicado a Zeus, considerado o principal deus dos gregos.
b) Havia
também um templo dedicado a Asclépio, o deus serpente das curas e o seu famoso
colégio de sacerdotes-médicos.
2. Portanto, Pérgamo era uma
cidade extremamente difícil para se viver como cristão.
C. Uma informação bastante
interessante:
1) As
peles ovinas e bovinas raspadas, estiradas e curtida que eram usadas para
escrever, foram inventadas em Pérgamo.
2) Por isso, o seu nome:
“pergaminho”.
Trans: Estudemos
agora a carta que foi enviada à igreja de Pérgamo…
I. O Seu Destinatário – Ou Para Quem Foi Enviada
Esta Carta – V.12a.
A. Em
Particular ao pastor da igreja – V. 12a. – Ao anjo da igreja que
está em Pérgamo.
B. Em
geral:
1) A
toda a igreja de Pérgamo:
1. Não
se sabe ao certo quem fundou esta igreja.
2. Pode
ter sido Paulo, durante o tempo em que ele permaneceu em Éfeso, por volta do
ano 52 D.C., ou, durante uma de suas viagens missionárias.
2) A todas as igreja, inclusive para a nossa – V.17a. – Quem tem ouvidos, ouça
o que o Espírito diz às igrejas.
II.
O Seu Remetente Ou Quem Enviou Esta Carta – V.12b, 13a.:
A. Como
em todas as outras cartas, Jesus Cristo é o remetente – V. 12b. – Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois
gumes.
1) Sabemos
que este é Jesus.
2) Assim, João viu Jesus na visão inicial deste livro – Apoc. 1:16b. – E da boca saía-lhe uma afiada espada
de dois gumes.
B. Aqui,
Jesus se se apresenta como:
1) Aquele que está apto e capacitado para julgar – V. 12b. – Isto diz aquele que
tem a afiada espada de dois gumes.
2) Assim,
Jesus Cristo se apresenta como aquele que, sabe com maestria distinguir entre o
bem e o mal, o falso e genuíno, discernindo até os pensamentos mais secretos do
coração.
1. Provando
que as suas sentenças são justas e inalteráveis.
2. A
espada de dois gumes é a Palavra de Deus e é usada como instrumento que o
Espírito emprega na vida dos homens.
3. Será ela o critério para o juízo final – Jo. 12:48 – Quem me rejeita, e
não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho
pregado, essa o julgará no último dia.
C. No versículo 2a. Jesus revela o
seu poder de discernir os pensamentos e propósitos do coração – V. 12a. – Eu sei.
4.
E
mais uma vez é dito que o Espírito Santo é o coautor desta carta – V.17a. – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
III.
A Mensagem à Igreja de Pérgamo – Vs. 13-16:
A. Jesus
elogia a igreja e declara que conhece as suas condições – V.
13 – Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que
conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha
testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
1) Primeiramente,
Jesus diz conhecer que a igreja habitava no trono de Satanás:
Ø V. 13a. – Conheço o lugar em
que habitas, onde está o trono de Satanás.
Ø V. 13e. – Onde Satanás habita.
1. Pode
ser uma referência a cidade, que era um centro religioso pagão.
2. Pode também se referir a Asclépio, o deus-serpente
das curas, pois o seu símbolo é a serpente, que na Bíblia representa Satanás – Apoc. 20:2a. – Ele segurou o
dragão, a antiga serpentea, que é o diabo, Satanás.
3. Pode
ser ainda, uma referência ao templo de Zeus que dominava toda a cidade.
4. Ou ainda, o fato de ser Pérgamo o principal centro
da Ásia de adoração ao imperador, o que representava um grande perigo para os
cristãos.
2) Em segundo lugar, Jesus diz conhecer a fidelidade
da igreja – V. 13b. – E que conservas o meu nome e não negaste a minha fé,
ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre
vós, onde Satanás habita.
1. Apesar
de está cercada por tanta idolatria, a igreja não se desviou do seu Senhor e
não deixou de adorar o nome de Jesus – V. 13c. – E que conservas o meu nome.
2. Também,
a igreja não negou a sua fé – V. 13d. – E não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas,
minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
a) Ao que parece, a igreja havia
enfrentado uma grande perseguição.
b) Nessa perseguição, Antipas foi
morto, mas a igreja não negou o nome de Jesus.
c) Não sabemos quem foi Antipas,
porém, pelo fato de ter sido citado na carta, provavelmente era alguém muito
conhecido e muito importante na vida da igreja; talvez fora o seu pastor.
d) Há
uma tradição que diz que ele foi assado dentro de um boi de bronze aquecido.
B. Uma
Repreensão à Igreja – Vs. 14-15:
1) Apesar dos elogios, Deus diz – V. 14a. – Mas umas poucas
coisas tenho contra ti.
1. Esta é uma forte reprovação contra aquela igreja.
2. Eram poucas as coisas erradas que havia na vida
daquela igreja, todavia, a Palavra de Deus nos diz:
a)
Um pouco de fermento leveda toda a massa – 1. Cor. 5:6.
b) E a
ordem do Senhor é – Lançai fora o velho fermento, para que sejais uma ‘massa nova. –
1. Cor. 5:7.
2) Os
motivos de repreensão eram:
1. Alguns que apoiavam a doutrina de Balaão – V.14 – Tenho, todavia, contra
ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o
qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para
comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.
a) Balaque foi rei dos moabitas que, sentindo-se
ameaçado pelos israelitas , pedira a Balaão que os amaldiçoasse.
b) Deus impediu isso, e para desgosto de Balaque, ao
invés de amaldiçoar o povo, abençoou-o – Número 23:5-10- Então, o Senhor pôs a palavra na boca de Balaão e
disse: Torna para Balaque e falarás assim. 6 E, tornando para ele, eis
que estava junto do seu holocausto, ele e todos os príncipes dos
moabitas. 7 Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de
Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem, amaldiçoa-me a Jacó, e vem,
denuncia a Israel. Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso
denunciar a quem o Senhor não denunciou? Pois do cimo das penhas vejo Israel e
dos outeiros o contemplo: eis que é povo que habita só e não será reputado
entre as nações. Quem contou o pó de Jacó ou enumerou a quarta parte de Israel?
Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o dele.
c) Contudo, depois disso, Israel se deixou envolver em
prostituição e no culto idólatra de Baal-peor – Números 25:1-3 – Habitando Israel em Sitim,
começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. 2 Estas
convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se
aos deuses delas. 3 Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se
acendeu contra Israel.
d) Este pecado foi atribuído ao conselho de Balaão – Números 31:16 – Eis que estas,
por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o
Senhor, no caso de Peora, pelo que houve a praga entre a congregação do Senhor.
e) É dito que alguns dos que se diziam cristãos em
Pérgamo estavam apoiando a doutrina de Balaão – Apoc. 2:14.
2. A
segunda repreensão de Deus contra a igreja de Pérgamo – Havia um grupo que
sustentava a doutrina dos nicolaítas – V.15 – Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a
doutrina dos nicolaítas.
a) De igual modo, a doutrina do
nicolaítas incentiva a idolatria e a prostituição.
b) Naquele tempo, a prostituição e
a licenciosidade sexual era uma prática tida como aceita, até por muitos
cristãos.
C. Deus ordena a igreja que se
arrependa, se não. Seria castigada – V. 16 – Portanto,
arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a
espada da minha boca
1) O arrependimento é ordenado – V. 16a. – Portanto, arrepende-te.
2) A ideia era que aqueles falsos irmãos deveriam ser
separados, disciplinados e excluídos da igreja – V.16b. – E, se não, venho a ti sem demora e
contra eles pelejarei com a espada da minha boca
3) Se ela não fizesse isto, o
próprio Cristo faria.
IV-
Uma Promessa Divina – V. 17:
A. É
repetida a exortação para ouvir – V. 17a. – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas:
B. São
feitas promessas aos vencedores– V. 17b. – Ao vencedor,
dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre
essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o
recebe.
1) Poder
desfrutar da graça de Cristo – V. 17b. – Ao vencedor, dar-lhe-ei Comer do maná.
1. Provavelmente representa a
graça de Deus – Assim como o maná sustentou os hebreus no deserto, a graça de
Deus nos sustenta nesse mundo.
2. Como
Paulo testemunhou – 1. Cor. 12:9 – E ele me disse: A minha graça te basta, porque o
meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me
gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de
Cristo.
2) Receber
uma pedrinha branca – V.17c. – Bem como lhe darei uma pedrinha branca.
1. É difícil interpretar este
texto. Alguns usos eram feitos para uma pedrinha branca: A absolvição para um
réu.
2. Ou um ingresso para o vencedor
de uma competição que servia de ingresso para todas as festividades públicas –
Talvez a pedrinha branca nos dê acesso às bodas do cordeiro.
3) Um Novo nome – V. 17d. – E sobre a pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém
conhece, exceto, aquele que recebe.
1. Não fica claro sobre que nome é
este.
2. Pode
ser um novo nome de receberemos na pátria celestial ou o próprio nome de Cristo
escrito na pedrinha.
Conclusão:
A
carta à igreja de Pérgamo é um brado de Jesus é a igreja hoje.
A. Muitas vezes brincamos de ser
cristãos. Brincamos com Deus.
B. A
mensagem desta carta é bem clara: Deus está vendo tudo o que praticamos; e Ele
com justiça nos recompensará; tanto pelo bem como, pelo mal que fizermos.
• O maná escondido é Cristo. O novo
nome é Cristo. Vamos nos deliciar com o maná e compreender o novo nome. Esta é
a visão beatífica.
• Aqueles que conhecem em parte
conhecerão também plenamente, como são conhecidos. Aqueles que vêem agora como
em um espelho, indistintamente, o verão face a face.
Pr. Hernandes Dias Lopes
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Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/09/o-perigo-da-igreja-misturar-se-com-o-mundo/#.V7kHotQrJkh
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