sexta-feira, 2 de setembro de 2016

SÉRIE SERMÕES - APOCALIPSE


Apocalipse 3.14-22

Meus amados irmãos, chegamos a sétima e ultima carta dirigida às igrejas da Ásia, e desta vez falaremos sobre a igreja situada na cidade de Laodiceia.
Laodiceia era uma cidade muito prospera muito rica. Local onde moravam milionários, também uns lugares de banqueiros. Em Laodiceia era o local de fontes termais, também havia nesta cidade uma famosa escola de medicina, onde era produzido um medicamento próprio para a fraqueza dos olhos. Também era produzido em Laodiceia, varias espécie de roupas de lã negra e macia das ovelhas do vale.
Por ser uma cidade muito rica e próspera, seus habitantes recusaram a ajuda do governo para a reconstrução da cidade, quando a mesma fora destruída por um terremoto.
A igreja de Laodiceia nutria o mesmo sentimento dos habitantes da cidade, ou seja, eram crentes orgulhosos e vaidosos. Imaginavam que suas riquezas fossem um sinal do especial favor de Deus, por isso, começaram a pensar que eram os “tais”. Aqueles irmãos haviam absorvido o espirito que caracterizava a cidade como um todo. Vangloriavam-se de suas riquezas espirituais (Sem as possuir).
De todas as cartas dirigidas às igrejas da Ásia, esta é a mais dura. Não houve nenhum elogio da parte de Jesus para à igreja de Laodiceia. A igreja se alto proclamava boa, santa e espiritual, mas a visão de Cristo revela que tais qualidades eram falsas.

  I.        QUAL A LEITURA DIAGNÓSTICA JESUS FAZ DESSA IGREJA?

1.    A falta de fervor espiritual – Segundo o pr. Hernandes Dias Lopes, na vida cristã há três temperaturas, são elas:

a.    Um coração ardente (Luc 24:32);
b.    Um coração frio (Mt 24:12);
c.    Um coração morno (Ap 3:16).

Não havia problemas com falsos ensinos, falsos mestres, perseguições ou imoralidade. O problema da igreja de Laodiceia era a falta de fervor espiritual. A vida espiritual da igreja era morna, indefinível, apática, indiferente e nauseante. A igreja era acomodada.
O grande problema que tem assolado às igrejas tradicionais, é exatamente quando se trata de fogo espiritual, pois confundem com fanatismo religioso irracional. Jonathan Édwards disse que precisamos ter luz na mente e fogo no coração. Pr. Hernandes diz que “Muitos crentes têm medo do entusiasmo. Mas entusiasmo é parte essencial do Cristianismo. Não podemos ter medo das emoções, mas do emocionalismo”.

2.    Um crente morno é pior que um incrédulo v. 15 - A queixa de Jesus contra os fariseus era contra a hipocrisia deles. Alguém que nunca fez profissão de fé e tem a consciência de sua completa falta de vida moral é muito mais fácil de ser ajudado que algum outro que se julga cristão, mas não tem verdadeira vida espiritual.
Uma pessoa morna é aquela em que há um contraste entre o que diz e o que pensa ser, de um lado, e o que ela realmente é, de outro. Ser morno é ser cego à sua verdadeira condição. (Hernandes Dias Lopes)

3.    Um crente morno provoca náuseas em Jesus v.16 - A igreja de Laodiceia era de Cristo, mas em vez de dar alegria a Cristo estava provocando náuseas nele. Fomos salvos para nos deleitarmos em Deus e sermos a delícia de Deus. Mas, quando perdemos nossa paixão, nosso fervor, nosso entusiasmo, provocamos dor em nosso Senhor, náuseas no nosso Salvador. Cristo repudiará totalmente aqueles cuja ligação com ele é puramente nominal e superficial. A igreja de Laodiceia desapareceu. Da cidade só restam ruínas. A igreja perdeu o tempo da sua oportunidade.


 II.        CRISTO FAZ UM APELO À IGREJA.

1.    A igreja era uma igreja muito rica, mas Jesus se apresenta a igreja como um mercador e lhe dá conselhos:

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” v. 18.

A visão de si mesma da igreja era de autos-suficientes, mas como crentes que eram, deveriam encontrar sua suficiência em Cristo. "Aconselho-te que compres DE MIM...”.

2.    Cristo se apresenta à igreja como um mercador espiritual. Seus produtos são essenciais e necessários. Seu preço é de graça.

3.    O ouro que Cristo oferece é o Reino do céu. A roupa que Cristo oferece são as vestes da justiça e da santidade. O colírio oferecido por Cristo abre os olhos para o discernimento.

4.    Cristo está conclamando a igreja a não confiar em seus bancos, em suas fábricas e em sua medicina. Só Cristo pode enriquecer nossa pobreza, vestir nossa nudez e curar a nossa cegueira.


   III.        CRISTO CONCLAMA A IGREJA PARA UMA MUDANÇA DE VIDA v. 19.

a.    Ele evidencia amor pela igreja, por isso a exorta – “Eu repreendo e castigo aqueles que  amo; sê pois zeloso, e arrepende-te”.

b.    Antes de revelar o seu juízo (vomitar da sua boca) ele demonstra a sua misericórdia (repreendo e disciplino aqueles que amo).

c.    O arrependimento verdadeiro significa o abandono do cristianismo de aparências.  “A piedade superficial nunca salvou ninguém. Não haverá hipócritas no céu. Devemos vomitar essas coisas da nossa boca, do contrário, ele nos vomitará” (Pr. Hernandes Dias Lopes).

d.    A igreja estava tão envolvida com si mesma, que deixou Jesus do lado de fora de suas vidas. Isso mostra a falta de comunhão evidenciada por aquela igreja para com o senhor Jesus. Jesus estava do lado de fora da ceia, por isso ele diz:

Como a igreja pode deixar Jesus de fora do seu convívio?

a.    Quando se preocupa mais com as coisas deste mundo, do que com as de Deus.

b.    Quando nutre o pensamento de auto-suficiência, ou seja, não precisa de nínguem.

c.    Quando deixa de orar, ler a Palavra de Deus, vir a casa de Deus para ter comunhão nos cultos e reuniões regulares da igreja.

Jesus insiste dizendo: "Estou à porta e bato”. De que maneira ele bate? Através das Escrituras, sermão, hino, acidente, doença. É preciso ouvir a voz de Jesus.

Jesus conduz a igreja vencedora, até o seu trono de Glória. Quando Cristo entra em nossa casa recebemos a riqueza do Reino. Recebemos vestes brancas de justiça. Nossos olhos são abertos. Temos a alegria da comunhão com o Filho de Deus. Mas temos, também, a promessa que excede em glória a todas as outras promessas ao vencedor.
Como Cristo participa do trono do Pai, também participaremos do trono de Cristo. Quando abrimos a porta para Cristo entrar em nossa casa, recebemos a promessa de entrar na Casa do Pai. Quando recebemos Cristo à nossa mesa, recebemos a promessa de sentarmos com ele em seu trono.   

Que Deus nos abençoe. Amém.

                                           
                                                  
                                                                                          Pr. Davi Gomes do Nascimento

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Fontes:
  1.  "Mais que Vencedores", Willian Hendriksen, Ed. CEP
  2. "Estudos no Livro de Apocalipse" Pr. Hernandes Dias Lopes, Ed. hagnos;
  3. Biblia de Estudo de Genebra, SBB e Ed. Cultura Cristã. 




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